Além de ser o mês da crise, setembro é também época das campanhas salariais de categorias importantes no Brasil, como a dos bancários e a dos petroleiros. No passado recente, essa data era temida pelo governo e pela população. Quem não se lembra da greve dos petroleiros de 1995, quando o Tribunal Superior do Trabalho (TST) considerou o movimento abusivo porque começou a faltar até gás de cozinha em algumas regiões? Também os bancários fizeram grandes paralisações e, como na época os bancos não tinham tanta tecnologia — que hoje dispensa o cliente de ir até a agência para sacar dinheiro ou pagar contas —, muita gente se viu, de repente, impedida de movimentar o seu dinheiro.
Esse tempo passou, mas as categorias não perderam a disposição de luta. A Federação Única dos Petroleiros ( FUB), que congrega 13 dos 18 sindicatos do setor, entregou à Petrobras, em 26 de agosto, a pauta de reivindicações, encabeçada por um aumento real de 10% nos salários, além da reposição da inflação dos últimos 12 meses. Querem também mais cuidado com a saúde, a segurança e o meio ambiente.
Os bancários exigem reajuste salarial de 12,8%, sendo 5% de aumento real mais a reposição da inflação, estimada em 7,5% no período de 12 meses. A categoria quer ainda três salários mínimos a título de participação nos lucros, mais R$ 4.500; piso de R$ 2.297,51 a partir de junho; plano de cargos e salários para todos; mais contratações; fim da rotatividade; e reversão das terceirizações.
Os bancários também estão receosos com as metas de resultado, classificadas de abusivas, impostas às agências. A segurança é outro motivo de preocupação da categoria, que promete lutar por melhores condições de trabalho e um adicional de 30% por risco de morte.
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE
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