Ao afirmar, anteontem, que só deixaria o governo se fosse "abatido à bala" e que "duvida que ela (Dilma Rousseff) faça (a demissão)", o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, provocou a ira da presidente Dilma.
As declarações, que causaram mal-estar, foram dadas depois da reunião que Lupi, presidente licenciado do PDT, teve com as bancadas do partido na Câmara e no Senado. Ontem, Gleisi Hoffmann, ministra da Casa Civil, o chamou ao Planalto. Ela cumpria um pedido da presidente Dilma, que mandou avisar que o ministro se excedeu e que deveria se retratar. Lupi, então, disse que se "empolgou": "Me empolguei. Sou humano".
ANTEONTEM: "Para me tirar, só abatido à bala. Eu duvido que ela (Dilma) faça (a demissão). Eu tenho a consciência tranquila. Ela me conhece bem, te garanto que não acontecerá. Eu tenho o santo forte, vou carregar o caixão de muita gente que quer ver o meu carregado. Esse é um caso diferente", disse ele, que disse ainda: "Para desconforto de vocês, vão me ver aqui ano que vem, em 2012. Pela relação que tenho com a Dilma não saio daqui nem na reforma (ministerial, prevista para janeiro). Acho pouco provável. Se acontecer, o PDT vai analisar sua relação com o governo".
"Então, vai em frente" (Segundo Lupi, Dilma teria dito isso depois de perguntar se ele iria até o fim). "E eu vou em frente, porque fui forjado na luta".
ONTEM: "Estou desafiando a onda de denuncismo que o Brasil virou. Eu estou desafiando a gente macular a honra das pessoas sem direito de defesa. Estou desafiando aqueles que mentem. Estou desafiando aqueles que usam da mentira um instrumento para acabar com a reputação das pessoas", ao tentar amenizar as declarações dadas anteontem.
"Me empolguei. Sou humano", depois de ser chamado pela ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, ao Planalto.
FONTE: O GLOBO
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