Obras que fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento do governo federal estão paradas
Nilton Salina
PORTO VELHO - O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Rondônia marcou assembleias para segunda-feira, às 7 horas, nas usinas de Santo Antônio e Jirau, que estão em obras no Rio Madeira, para decidir sobre o fim da greve que hoje completa 23 dias.
As negociações são intermediadas pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Em reunião que terminou na noite de sexta-feira, o Consórcio Santo Antônio, a empresa Camargo Corrêa e a Enesa Engenharia ofereceram reajuste de 7% para quem ganha até R$ 1,5 mil reais e de 5% para os que recebem valores acima disso.
Representantes do Ministério Público do Trabalho acompanharão as assembleias, que serão realizadas nos canteiros de obras das usinas. Caso a maioria dos trabalhadores decida continuar em greve, as empresas avisaram que vão retirar a proposta, o que traria as negociações de volta à estaca zero.
A audiência de sexta-feira foi presidida pela desembargadora do Trabalho Maria Cesarineide de Souza Lima e acompanhada pelo desembargador Carlos Augusto Gomes Lôbo.
O TRT tem dado especial atenção à greve por causa da quantidade de trabalhadores envolvidos, da importância das obras e do risco de sabotagem à geração de energia. Desde sexta-feira, a usina de Santo Antônio passou a operar comercialmente.
A greve foi iniciada no último dia 9, na Usina Jirau, a 100 quilômetros de Porto Velho, por funcionários da terceirizada Enesa Engenharia. Logo em seguida, o movimento teve adeseão do pessoal da Camargo Corrêa, empresa contratada pelo Consórcio Energia Sustentável do Brasil (ESBR) para executar a obra.
No último dia 20, os trabalhadores do Consórcio Santo Antônio também paralisaram as atividades.O movimento foi considerado abusivo e ilegal pelo TRT, que autorizou a demissão dos envolvidos em depredação de ônibus, alojamentos e refeitório, além do desconto dos dias parados.
FONTE: O ESTADO DE S. PAULO
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