Partido fica nos cargos, nega autoria do racha e reafirma nome de Humberto.
PT empurra para o PSB o racha da Frente
Partido reage à nota do PSB e garante Humberto
Gilvan Oliveira
Após os socialistas indicarem o ex-secretário Geraldo Júlio (Desenvolvimento Econômico) como pré-candidato do partido a prefeito do Recife, PT e PSB iniciaram uma disputa pela paternidade da Frente Popular, que dá sustentação às gestões petistas na PCR desde 2001, ao mesmo tempo em que empurram um contra o outro o ônus por um eventual racha na aliança. Ontem, o presidente estadual petista, Pedro Eugênio, emitiu uma nota reafirmando a candidatura do senador Humberto Costa e enfatizando que o PT é “defensor incondicional” da continuidade da Frente “comandada no Estado pelo PSB e no Recife pelo PT”, com todos em torno da candidatura de Humberto.
A nota petista veio um dia depois de o PSB “apresentar” à Frente a pré-candidatura de Geraldo Júlio como opção para “unir” a coligação. Ela enfatiza que o PT tomou conhecimento do fato pela imprensa, sem ter sido informado oficialmente. Pedro Eugênio, em entrevista ontem, disse que o PSB é quem estaria criando uma dissidência na Frente ao lançar um concorrente contra o PT. “Nós ressuscitamos a Frente Popular em 2000, com a eleição de João Paulo no Recife. Temos uma identidade muito grande com essa Frente”, explicou ele.
A nota assinada por Pedro Eugênio foi definida após uma reunião do Diretório estadual do PT. Ela foi redigida sob medida para não abrir um embate com o PSB, ao mesmo tempo em que busca desconstruir o discurso dos socialistas de que o embate interno petista estaria levando ao rompimento da Frente.
Saída
Eugênio também negou que os secretários estaduais petistas iriam entregar os cargos diante da manobra do PSB no Recife. Ele não quis entrar em detalhes sobre o assunto. Mas os petistas avaliaram que uma saída do governo seria assumir uma dissidência que o PSB tenta cravar no partido. A saída dos petistas, porém, não está descartada. Ela pode ser executada se o PSB oficializar a candidatura de Geraldo Júlio em convenção.
Os secretários estaduais filiados ao PT são Maurício Rands (Governo) – que disputou a prévia petista contra o prefeito João da Costa e depois abriu mão de sua pré-candidatura em prol de Humberto –, Isaltino Nascimento (Transporte) e Fernando Duarte (Cultura). Também integram o governo estadual os petistas Dilson Peixoto, presidente da Empresa Pernambucana de Transporte Intermunicipal (EPTI), e Oscar Barreto, secretário-executivo de Agricultura. Esses petistas, inclusive, já estariam alertados sobre a possibilidade de deixar a gestão.
FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)
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