BRASÍLIA – O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), acusou ontem a presidente Dilma Rousseff de utilizar a máquina pública para atacar os adversários. Para o tucano, o pronunciamento feito pela presidente na véspera do feriado do Dia da Independência "ganhou contornos inusitados". "Se não bastassem as dificuldades de o PT conviver com o contraditório, seus principais representantes no governo federal agora se valem da máquina pública para atacar adversários, tentar reduzir o desgaste sofrido pelo avanço das condenações no julgamento do mensalão", afirma em nota o tucano. No texto, o deputado disse que o partido adotará medidas legais contra a iniciativa da presidente.
Na quinta-feira, Dilma aproveitou o pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV para anunciar medidas econômicas, exaltar decisões do governo e criticar a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Sem citar FHC, Dilma afirmou que o "antigo e questionável modelo de privatizações das ferrovias torrou o patrimônio público para pagar dívida e ainda terminou por gerar monopólios, privilégios, frete elevado e baixa eficiência".
Em defesa da gestão de FHC, Sérgio Guerra subiu o tom contra a petista. "A presidente Dilma se valeu da prerrogativa de convocar uma cadeia nacional de rádio e TV para atacar a política de privatizações adotada pelo governo tucano do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, como se seu governo não tivesse aderido à mesma tese para garantir a retomada do crescimento da economia brasileira e obras indispensáveis para a infraestrutura do país", diz a nota de Sérgio Guerra.
No pronunciamento, a principal medida anunciada por Dilma foi a redução de 16,2% na tarifa de energia dos consumidores residenciais e de até 28% para os consumidores industriais. Na sexta-feira, o candidato tucano à Prefeitura de São Paulo, José Serra, também criticou o uso eleitoral do pronunciamento da presidente.
FONTE: ESTADO DE MINAS
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