Os brasileiros que têm contratos de aluguel indexados ao Índice Geral de Preços — Mercado (IGP-M) e com reajuste previsto para fevereiro pagarão 7,91% a mais para morar. A correção é baseada na soma do indicador nos últimos 12 meses. Em janeiro, a alta do IGP-M foi de 0,34%, variação maior que a esperada pelo mercado — de 0,32% — e menor que a de dezembro, de 0,68%.
O economista-chefe do banco ABC Brasil, Luís Otávio de Souza Leal, explica que o resultado confirma a tendência de desaceleração dos índices gerais de preços. "O principal motivo para essa trajetória foi a nossa fonte de erro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) agrícola (que mede o reajuste dos produtos agropecuários e faz parte do cálculo do IGP-M). Após chegar a 1,40% no IGP-M do mês passado, registrou recuo de 0,62% neste resultado", ressalta.
Impacto
Segundo Leal, essa redução na alta dos preços chegará ao consumidor. "A boa notícia para o cenário de inflação é que, além do número em si, um dos principais motivos para o resultado foi o item carne bovina, o que garante que parte dessa deflação será repassada para os IPCs (índices de preços ao consumidor) rapidamente, ao contrário do que acontecia quando a desaceleração era concentrada apenas nas commodities."
Para fevereiro, Luís Otávio Leal espera variação de 0,21 ponto percentual no IGP-M. "Teremos no próximo mês os reflexos divergentes da redução da energia elétrica e do aumento dos combustíveis. Nesse segundo caso, além dos efeitos nos IPCs, haverá influência no IPA industrial, mais até do diesel que da gasolina. Considerando os aumentos anunciados para esses dois itens, chegamos a um impacto geral de 0,21 ponto percentual nos IGPs (índices gerais de preços)", calcula.
Fonte: Correio Braziliense
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