Bruno Peres e Yvna Sousa
BRASÍLIA - Em meio às especulações em torno da reforma ministerial, a presidente Dilma Rousseff limitou-se ontem a dizer que não deverá formalizar trocas no primeiro escalão do governo nesta semana. "Eu não vou falar sobre isso porque não é meu tema nesta semana", disse a presidente ao ser questionada por jornalistas se está na hora de fazer mudança pontual no governo.
Após cerimônia no Palácio do Planalto, quando lançou programa de combate à violência contra a mulher, Dilma passou cerca de meia hora posando para fotos ao lado de mulheres presentes ao evento. Durante a solenidade, grupos de militantes entoaram em momentos distintos o coro "olê, olê, olá, Dilma, Dilma".
Em seu discurso, a presidente fez questão de elogiar a atuação do vice-presidente Michel Temer à época em que ele foi secretário de segurança pública em São Paulo e atuou pela primeira delegacia a mulher. Na noite de terça-feira, os dois debateram a reforma ministerial.
Em entrevista a rádios de Alagoas, na terça-feira, a presidente reconheceu a força do Nordeste e o potencial de contribuição da região para o desenvolvimento do país. "A gente tem de reconhecer a força, a teimosia, a persistência e a coragem do povo do Nordeste brasileiro. Ele é fundamental para o Brasil. O Nordeste nunca foi um problema nem pode ser tratado como um problema", disse a presidente. Na avaliação de Dilma, o Brasil "só será um país mais justo e desenvolvido" com investimentos em infraestrutura e em recursos hídricos simultaneamente à garantia de programas sociais.
Dilma tem intensificado as visitas à região, onde o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), concentra seu capital político. A presidente esteve em quatro Estados da região apenas neste ano. Eduardo é apontado como um dos possíveis candidatos à sucessão presidencial em 2014, enquanto Dilma vai concorrer à reeleição.
Ao iniciar sua entrevista, a presidente disse considerar importante as parcerias mantidas entre os três entes federativos na condução das políticas do governo. "Tenho dito que é fundamental quando a gente dirige um país do tamanho do Brasil que a gente faça parcerias", afirmou.
Fonte: Valor Econômico
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