“Hoje, ser de esquerda, para além das bandeiras clássicas das liberdades e da igualdade, que marcaram nossa tradição, é lutar pela autonomia do ser e dos agentes sociais como elemento central para a refundação de uma nova utopia assentada no controle social e estatal dos mecanismos do mercado subordinando a lógica do capital aos interesses difusos da cidadania; é respeitar a diversidade cultural e os limites impostos pelo meio ambiente ao desenvolvimento econômico; é trabalhar pelo fim do conceito de “estrangeiro” , visto que defendemos a integralidade do ser humano; é combater de forma decidida as desigualdades alimentadas pelo processo de globalização ; é apoiar as lutas postas pelas questões de gênero e de geração, na construção de uma sociedade fundada na subordinação do Estado à sociedade civil e na radicalização do processo democrático como caminho fundamental das conquistas sociais, centro de nossa ação política como organização partidária.”
Cf. Roberto Freire, “Em busca de uma esquerda contemporânea”, in O que é ser esquerda hoje?, org. Francisco Inácio Almeida, edits. Contraponto e Fundação A. Pereira, Rio de Janeiro-Brasília, 2013, pp.25-6.
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