PSDB comemora queda de Dilma em levantamento
BRASÍLIA - O otimismo tomou conta da cúpula tucana na reunião da Executiva Nacional, ontem à tarde em Brasília, para avaliar o novo cenário que se desenha após a divulgação das últimas pesquisas sobre a queda na popularidade e nas intenções de votos da presidente Dilma Rousseff. Ao mesmo tempo, os dirigentes tucanos traçaram estratégias para que o presidenciável Aécio Neves parta para a ofensiva em colégios eleitorais importantes, começando com uma dobradinha com Geraldo Alckmin, em São Paulo. A avaliação dos dirigentes do PSDB é que os números indicam a possibilidade concreta de um segundo turno na eleição presidencial do ano que vem.
A cúpula do PSDB crê que a disputa presidencial pode ser levada para o segundo turno até mesmo sem a candidatura do socialista Eduardo Campos, governador de Pernambuco. Concluíram que a candidatura de Campos, até então considerada fundamental para isso, já não é mais. Consideraram ainda que, se Dilma continuar em declínio e Aécio se consolidar como o candidato da oposição, o PSDB pode ter maior facilidade para fechar alianças e compor palanques competitivos nos estados.
- Com a fragilização crescente da presidente Dilma, ficou absolutamente clara e real a possibilidade de segundo turno - disse Aécio, após a reunião.
- Esse desgaste da presidente Dilma já aparecia nas nossas pesquisas. E não há perspectiva de melhora. Para melhorar ela teria que mudar seu temperamento, a relação com o Congresso, com os governadores e reconstruir a confiança na economia. A sinalização do segundo turno é muito forte - completou Tasso Jereissati, um dos vice-presidentes do PSDB.
Aécio até ironizou o fato de o ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Tofolli, e o vice-presidente nacional do PT, Alberto Cantalice, terem criticado o estilo centralizador e autoritário da presidente. Cantalice disse que houve um recuo, no governo, em relação aos movimentos sociais. Tofolli, em entrevista à Folha de S. Paulo, disse que o estilo Dilma é o da autoridade versus subordinação.
- Eu diria que isso é quase uma concorrência desleal com a oposição. Estão falando pior da presidente Dilma dentro do governo e do PT, do que fora - comentou Aécio.
A última pesquisa Datafolha, divulgada no fim de semana, revelou que no cenário mais provável para as eleições de 2014, a presidente Dilma teria 51% das intenções de voto, sete pontos a menos que o verificado em março. Em segundo lugar ficaria Marina Silva, com 16%, seguida de Aécio Neves (PSDB), com 14%, e Eduardo Campos (PSB), com 6%.
Fonte: O Globo
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