No Rio, cerca de 300 pessoas lideradas pelo movimento Black Bloc invadiram a área do desfile e militar no centro. Houve ao menos 24 prisões - os detidos eram liberados em seguida. Seis pessoas ficaram feridas no confronto. Mascarados foram presos. Em Brasília, apesar do desejo de alguns manifestantes de ocupar o Congresso, não houve invasão de prédios públicos. Um princípio de tumulto foi contido pela PM. Protegida por forte esquema de segurança, a presidente Dilma Rousseff não viu as manifestações- Apenas lo mil pessoas assistiram aos desfiles. Em 2012, foram cerca de 40 mil. Em São Paul0, 20 mil pessoas foram ao Anhembi
Grupos enfrentam polícia e até invadem desfiles cívicos no Dia da Independência
O Dia da Independência, para o qual alguns grupos da internet prometiam ao maior protesto da história", foi marcado menos pela quantidade de gente nas e mais por confrontos entre manifestantes e PMs que faziam a segurança de desfiles cívicos. Grupos dispersos também repetiram os confrontos com policiais durante toda a tarde, Mascarados foram monitorados ou presos. O aparato policial nas capitais, em alguns casos, chegou a ser maior do que o número de pessoas protestando.
Havia dois tipos de manifestantes: os tradicionais participantes das marchas do Grito dos Excluídos, organizadas pela Igreja Católica e engrossadas por membros de movimentos sociais e os grupos convocados via redes sociais, que mantém as "pautas difusas" levantadas nos protestos de junho e agregam táticas de manifestação violentas, com o Black Bloc.
No Rio de Janeiro, cerca de 300 pessoas lideradas pelo movimento Black Bloc tentaram invadir o desfile militar na Avenida Presidente Vargas, no centro. Houve ao menos 24 prisões - os detidos eram liberados em seguida. Seis pessoas ficaram feridas no confronto. Mais uma vez, o governador Sérgio Cabral (PMDB) foi o alvo preferencial dos manifestantes - ele e o prefeito Eduardo Paes (PMDB) nao compareceram ao desfile.
Pimenta. Em Brasília, apesar dos gritos de alguns manifestantes para "invadir" o Congresso, a situação foi bem diferente de junho, quando um grupo que integrava uma multidão furou o bloqueio e subiu a rampa do prédio. Um princípio de tumulto foi rapidamente disperso pela PM.
No momento de maior concentração, o protesto reuniu e mil pessoas. Quem estava mascarado foi "catalogados" pela PM, que os obrigou a tirar a máscara e os fotografou. Cerca de 4 mil soldados foram mobilizados. Ou seja, havia mais segurança que manifestantes.
Depois, grupos dispersos se espalham. Havia correria e protestos localizados, principalmente próximo ao estádio Mané Garrincha, onde a seleção brasileira de futebol jogaria - os altos gastos públicos coma Copa do Mundo no Brasil no ano que vem são alvos dos manifestantes pelo País desde junho. A polícia usou gás de pimenta e houve confrontos localizados.
Antes, um grupo que subia a Esplanada dos Ministérios rumo ao estádio tentou invadir a sede da TV Globo. Alguns jogaram pedras, mas foram contidos pela PM, que usou bombas de gás e spray de pimentas. O grupo então dirigiu até uma concessionária de veículos, que teve vidros quebrados.
Interrupção. Em Maceió, o desfile cívico teve de ser interrompido após manifestantes do Grito dos Excluídos invadirem a avenida onde acontecia a programação oficial. O grupo foi até o palanque de autoridades. O governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), precisou sair as pressas escoltado.
Em Natal, a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM), nem sequer aparecer no desfile oficial temendo os protestos.
Presos. Em Fortaleza, o aparato policial foi grande. Trinta pessoas foram detidas mascaradas e portando bombas de gás, paus, pedras e baladeiras e até uma com manual de guerrilha na mochila, segundo balanço apresentado pelo comandante da operação, coronel Túlio Studart.
A Justiça proibiu que manifestantês fossem para Beira Mar mascarados. A PM não estimou o número de manifestantes, pois eles se dividiram em vários grupos e em vários locais do desfile cívico na Avenida Beira Mar. O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB) e o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PSB) não compareceram ao desfile. O Colégio 7 de Setembro não desfilou devido uma orientação da direção da escqla que temia pela "integridade física" de seus alunos. Foi a primeira vez em 78 anos de fundação que a escola não participou do evento.
Em São Paulo, pela manhã, 20 mil pessoas assistiram ao desfile cívico no sambódromo do Anhembi, na zona norte da cidade. Não havia manifestantes do lado de fora. Um grupo de policiais protestou isoladamente da arquibancada.
O deputado estadual major Olimpio (PDT), provável candidato ao governo do Estado, aproveitou o desfile de para fazer um protesto contra o atual governador Geraldo Alckmin (PSDB). Ele se posicionou na arquibancada em frente ao palanque das autoridades, no qual também estava o prefeito Fernando Haddad (PT) e começou a gritar: "Cadê o dinheiro do Metrô? Cadê o dinheiro da polícia? Vergonha, Alckmin". No final, Alckmin evitou comentar o tema.
A tarde, a Avenida Paulista foi fechada por manifestantes convocados pela internet.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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