Ao receber título de cidadão do Piauí, presidenciável do PSB diz que o "Nordeste não está atrás de migalhas". Governador qualifica taxa de crescimento de "mediocridade"
TERESINA - O governador Eduardo Campos (PSB), possível candidato à Presidência da República, criticou ontem a falta de políticas públicas para o Nordeste, em discurso em Teresina (PI), ao receber o título de cidadão piauiense - a proposta foi do deputado estadual Antônio Félix (PSD). No mesmo evento, o socialista voltou a criticar a política econômica do governo Dilma Rousseff. Ele também qualificou taxa de crescimento de 2% ao ano como "mediocridade".
Segundo Eduardo Campos, o Nordeste está unido e não irá atrás de migalhas. "O Nordeste se uniu e não está atrás de migalhas e favores. Não somos só urnas para estar votando. Somos gente de carne e osso, temos sentimentos e sonhos", disse o governador, que foi recebido na Assembleia Legislativa do Piauí.
Eduardo reforçou a crítica ao governo federal. "Não podemos ser vistos como região só de celeiros de votos. Não podemos ser vistos só como a região de investimentos, sem ter articulação. Não podemos ser vistos como palco de políticas sociais por mais importantes que elas sejam", disparou.
Em clima de campanha, o presidenciável ouviu palavras de ordem dos militantes: "Brasil pra frente, Eduardo presidente".
O socialista cumpriu em Teresina uma maratona de entrevistas. Na agenda estava prevista uma caminhada do hotel Blue Tree, na Avenida Marechal Castelo Branco, onde o pernambucano estava hospedado, até à Assembleia Legislativa. A comitiva cancelou, temendo questionamento eleitoral.
"Havia muita gente com faixa e poderiam ter uma leitura de campanha. Cancelamos por cuidado para evitar possíveis questões eleitorais", disse o coordenador de Comunicação do governo do Piauí, Fenelon Rocha. O governador do Estado é Wilson Martins, do PSB de Eduardo.
Em Teresina, o governador Eduardo Campos voltou a tecer críticas contra a política econômica do governo federal. "Estamos definindo alternativas para não permitir que o crescimento econômico não fique nessa mediocridade de 2% na média, e a gente possa alavancar um crescimento que gere postos de trabalho, sobretudo no Nordeste, em que temos 28% da população e só 13% das riquezas", disse.
Ele também afirmou que vai rodar o Brasil ao lado da ex-ministra Marina Silva."Estamos seguros de que eu e Marina vamos andar o Brasil e mostrar que há caminhos para que o País possa seguir e renovar a política. Não vamos melhorar o Brasil se não melhorar a política", colocou Eduardo. Ele disse ainda que a primeira reunião para definir um plano de debates para o país será realizada na próxima segunda-feira (28), em São Paulo.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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