Praia para depois
O pedido de demissão de Geddel Vieira Lima da vice-presidência da Caixa Econômica Federal, via Twitter, fez com que Dilma Rousseff interrompesse o descanso na Bahia. De lá, ela orientou Michel Temer a convencer Geddel a enviar uma nova carta de demissão no lugar da anterior, datada de setembro. O governo pretendia antes analisar o nome de Roberto Desiree, indicado para o posto na Caixa, mas o ex-deputado precipitou sua exoneração, que sairá no "Diário Oficial" hoje.
Pôquer 1 Num primeiro momento, Geddel não aceitou mandar uma nova carta. Temia que a saída do cargo apenas na reta final de 2013 fosse usada pelo PT da Bahia contra ele nas eleições do ano que vem, quando deve fechar aliança com PSDB e DEM.
Pôquer 2 Diante da insistência de Temer e de Gleisi Hoffmann (Casa Civil) sobre a necessidade de o pedido de demissão ser recente, o peemedebista tascou um "reitero'' logo no primeiro parágrafo da nova versão do texto.
Já volto E os telefonemas do caso Geddel não foram a única pausa nas férias presidenciais: Dilma deve ir hoje ao sul de Minas para verificar os estragos causados pela chuva na região. Depois, volta para a base de Aratu.
Currículo Pesou na decisão de Fernando Haddad de indicar seu secretário João Antonio (Relações Governamentais) para o Tribunal de Contas do Município o fato de o petista ter Mestrado em Direito e Filosofia e ser o interlocutor da gestão com a sociedade civil, como presidente do Conselho da Cidade.
Fogo... O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José Américo (PT), só deve marcar as sabatinas dos candidatos à vaga no TCM para fevereiro. Só então haverá a votação na Comissão de Justiça e no plenário da Casa.
... brando A disputa será entre João Antonio e o vereador Roberto Tripoli (PV), que conta com o apoio das bancadas do PSD e do DEM e já oficializou sua inscrição.
Prospecção O presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah, obteve ontem em almoço o aval de Gilberto Kassab para articular sua pré-candidatura ao Senado pelo PSD. O plano A do ex-prefeito era o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, que hesita em topar a empreitada.
Quero entrar 1 Empresas estrangeiras procuraram o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para sondagens de investimentos. Querem entrar no país, mas enfrentam limitações legais. Renan já tem em mãos estudo completo dessas amarras, principalmente na mineração e energia.
Quero entrar 2 A japonesa Toshiba, por exemplo, quer construir oito usinas nucleares no país, mas a lei impede que a iniciativa privada atue nesse negócio. Os recursos, cujos valores não foram revelados, seriam de investidores russos. O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) também recebeu o grupo.
E se... Do presidente da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, Wadih Damous, sobre mais uma pichação da estátua do poeta Carlos Drummond de Andrade, em Copacabana: "Em vez de gastar dinheiro com tinta, os pichadores deveriam gastar os mesmos recursos para comprar e ler um livro do poeta".
Fixa 1 Luiz Fernando Pereira, advogado eleitoral de Gleisi Hoffmann, é favorável à proposta feita pelo presidente do TSE, ministro Marco Aurélio Mello, de transformar a Justiça Eleitoral brasileira em corte permanente.
Fixa 2 "Há um protagonismo da Justiça Eleitoral que é incompatível com a atual estrutura do TSE e seus juízes emprestados do STF e do STJ, pouco dedicados pelo acúmulo de funções", disse Pereira. Marco Aurélio criticou recentemente o fato de juízes se dividirem entre os tribunais de origem e o TSE.
TIROTEIO
"O governo entregou o jogo. O problema dos aeroportos não é de capital. Privatizaram para dar a gestão a quem tem competência."
DO SENADOR JOSÉ AGRIPINO (DEM-RN) sobre a entrada do BNDES como sócio no consórcio liderado pela Odebrecht TransPort, que levou o Galeão (RJ).
CONTRAPONTO
Para baixo, todo santo ajuda
Ao inaugurar um parque ontem em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) relembrou recente caminhada que fez com assessores na reabertura da trilha Caminho do Mar, que liga São Bernardo do Campo a Cubatão pela Estrada Velha de Santos.
--O trajeto total é de 10,5 km. Para descer, ainda vai --contou o tucano, aos risos.
Depois, virou-se para o secretário Bruno Covas (Meio Ambiente), que o acompanhou no percurso e ostenta uma saliente barriguinha, e arrematou:
--Fizemos os 10,5 km, não é Bruno? Tivemos que dar ponto facultativo no outro dia, mas fizemos.
Fonte: Folha de S. Paulo
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