Sem citar nomes, presidente tacha Eduardo e Aécio de pessimistas e diz que quem vê o modelo atual esgotado é "cara de pau"
Agência Folhapress
SÃO PAULO - A presidente Dilma Rousseff fez ontem um discurso em que deixou claro sua candidatura à reeleição em 2014 e criticou duramente os seus opositores, a quem chamou de "pessimistas" e "cara de pau". Segundo ela, "dizer que o modelo de governo do PT está esgotado é mais do que uma mentira, mas uma agressão ao bom senso e à autoestima dos brasileiros."
Dilma participou, à noite, de um evento para comemorar os 34 anos do PT e, durante fala de cerca de 40 minutos, declarou que a oposição não consegue entender os avanços que o governo petista fez nos últimos 11 anos.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato tucano à Presidência, já disse que o ciclo do PT se encerrou. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), outro pré-candidato, diz reconhecer os avanços do governo do ex-presidente Lula, mas afirma que daqui para frente "é preciso fazer mais".
"Eles têm a cara de pau de dizer que o ciclo do PT acabou", declarou Dilma, sem citar nomes. "Esses pessimistas agora aproveitam alguns desequilíbrios da conjuntura internacional, muito difícil para todos os países, para dizer que o fim do mundo chegou. O fim do mundo chegou sim, mas chegou para eles, e isso faz muito tempo", completou sob aplausos da militância petista.
A presidente destacou ainda realizações de seu governo e disse que tem energia e disposição para fazer mais pelo Brasil.
"Ninguém cobra mais de mim mesma do que eu mesma, ninguém questiona mais o meu governo do que eu própria. Não somos conformistas, não somos paralisados, nós sempre seguimos em frente e à frente. Possuo energia e disposição redobradas para fazer mais", bradou a petista.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não compareceu ao evento devido a uma viagem que fez a Nova Iorque, enviou um vídeo em que disse que ninguém fez mais pelo Brasil do que o Partido dos Trabalhadores.
Mais ataques
No mesmo evento, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que a oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff se divide em dois grupos que, segundo ele, apesar de fazerem discursos de mudança e renovação, são "especialistas em mofo", "doutores em bolor que não conseguem mudar o Brasil."
Em discurso, Rui Falcão disse que "de tanto se enrolar em suas mesmices, (os grupos) parecem ser o que realmente são: partes de um mesmo corpo, farinha do mesmo saco."
Na mesma linha da presidente Dilma Rousseff, sem mencionar os nomes de Aécio Neves e de Eduardo Campos, Falcão classificou as duas forças opositoras ao governo Dilma de "neopassadismo" e "novovelhismo".
"Da boca deles, quando ouvimos que o novo é o novo, apenas enxergamos a mais patética, dramática e caquética cena da velha política. O que chamam de novo é cobrir de paetês velhas oligarquias e falsas alegorias?", questionou o petista.
Ainda de acordo com Falcão, "o neopassadismo quer trazer alguns dinossauros de volta à política brasileira e, no novovelhismo pensam que com discursos fáceis serão capazes de mudar o Brasil e de fascinar os brasileiros".
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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