O cinegrafista Santiago Andrade perdeu a vida ao fazer o seu ofício: mostrar a realidade brasileira..
Seus órgãos serão doados como ele desejava e sua família autorizou.
Santiago trazia na sua identidade o nome da capital chilena, palco de algumas das cenas mais bestiais dos anos 70, o golpe militar que derrubou o governo democrático de Salvador Allende.
O presidente socialista chileno dizia que os extremos se encontravam pelas costas dele.
Morreu resistindo no Palácio de La Moneda, em setembro de 1973, vítima dos radicais de direita e dos equívocos dos extremistas de esquerda.
O sacrifício do brasileiro Santiago também deixa uma lição: num regime democrático à violência das iniquidades sociais não deve ser contraposta a das bombas.
O Brasil que se manifestou em junho do ano passado não é o Brasil dos incendiários, massa de manobra dos agentes provocadores apóstolos do quanto pior melhor
.
O que se viu durante a Copa das Confederações foi a maioria, que sabia o que queria, diminuir por causa dos rebeldes sem causa.
A Copa do Mundo se aproxima.
Quem quer um Brasil realmente mais justo quer distância também deste tipo de violência
.
Santiago deverá ser o marco dessa virada.
Fonte: CBN
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