Aline Moura - Diário de Pernambuco
O governador Eduardo Campos (PSB) afirmou hoje, em entrevista concedida em Catende, município da Mata Sul do estado, que o Congresso Nacional ficará de joelhos se não abrir a CPI da Petrobras. O tom do governador, pré-candidato à presidência - foi mais alto do que o adotado na última segunda-feira. Há dois dias, ele disse que o PSB ia esperar os esclarecimentos do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, e da presidente da Petrobras, Graça Foster, no Senado, para, só depois, se houvesse necessidade, aderir à CPI.
Segundo o governador, até uma criança sabe que a compra da refinaria no Texas pela Petrobras, no valor de 1,2 bilhão de dólares, um ano depois de ela ser arrematada por um empresário no valor de 42,5 milhões de dólares. “O camarada que comprou por 42 milhões (de dólares) conseguiu vender por um 1,2 bilhão (de dólares). Essa história precisa ser esclarecida. Qualquer pessoa, até uma criança que ouve uma história dessas fica de orelha em pé”, declarou
Para Eduardo Campos, se a presidente Dilma fez demissões por conta desse caso, Graça Foster mandou a abrir uma investigação e o Ministério Público também vai apurar o caso, por que o Congresso ficaria de fora. “Eu acho que o Congresso Nacional, por dever, tem que abrir uma investigação. O MP abre, a Petrobras abre, presidente demite e só o Congresso tem que ficar de joelhos? O congresso está com medo? Medo de quê? A verdade tem que ser colocada”, alfinetou.
Ainda de acordo com Eduardo, Dilma era diretamente responsável pela Petrobras quando a compra superfaturada da refinaria texana aconteceu. “Essa é uma área que a presidente estava cuidando desde o governo de Lula. Ela era presidente do conselho da Petrobras e a gente precisa de esclarecimentos e de ação concreta. O brasil está cheio desse tipo de governança de compadrio, esse modelo está vencido e é por isso que o Brasil vai mudar em 2014”, atacou.
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