Vinicius Nobre Lages diz que está aberto ao diálogo e quer fazer a ponte com o partido
Isabel Braga
BRASÍLIA – A cerimônia de transmissão de cargo ao novo ministro do Turismo, Vinicius Nobre Lages, nesta segunda-feira, foi esvaziada e não contou com a presença de políticos do PMDB. No evento, o ex-ministro Gastão Vieira destacou que a pasta tem capilaridade, rebatendo a críticas de peemedebistas. Vieira e Lages também aproveitaram a cerimônia para destacar que vão trabalhar para construir a ponte entre o PMDB e o governo.
O novo ministro disse não saber se sua indicação para o cargo partiu do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), mas disse que é possível que ele tenha levado o nome de Lage à presidente Dilma Rousseff.
- Eu recebi na quinta-feira o convite da presidente Dilma, que queria um perfil técnico para a pasta. As forças que me apoiaram nesse processo foram muitas, inclusive, evidentemente, imagino que o senador (Renan Calheiros) deva ter dado algum respaldo. Mas eu recebi da presidente o convite – disse o novo ministro.
Indagado se o boicote que o PMDB fez à sua posse pode prejudicar o ministério, Lage disse acreditar que não. Ele disse que resistências são normais em processos de mudanças e que está aberto ao diálogo.
- O ministro Gastão vai ser uma ponte importante. A presidente Dilma também será uma ponte importante. Na quinta-feira, quando ela me chamou, disse que está empenhada em construir essa ponte, e eu espero poder ajudá-la nesse sentido.
Gastão Vieira não quis comentar se houve falta de paciência da presidente em negociar com o PMDB. Segundo ele, tudo é uma questão de temperamento.
- Tudo é uma questão de temperamento, e a presidente tem seus interlocutores. E eu, como deputado, vou me colocar para criar um clima de entendimento, de reconstrução de pontes. O clima de beligerância não atende a ninguém. Nem ajuda o meu partido, o PMDB, nem ao governo. É preciso caminhar para o entendimento, ter paciência para ouvir, criar um momento novo, uma pauta nova entre o Congresso e o governo.
Gastão destacou, no discurso, que o Turismo não é um ministério “menor”. Citou o PAC do turismo, disse que o novo ministro terá R$ 680 milhões em obras para inaugurar, e que foram contratados durante sua gestão 16,6 mil obras, envolvendo R$ 8,4 bilhões.
Fonte: O Globo
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