Eduardo Bresciani
BRASÍLIA - Para isolar o PT em Minas, o pré-candidato tucano ao Planalto, senador Aécio Neves (MG), aproveitou as recentes tensões entre PMDB e a presidente Dilma Rousseff e ofereceu ao PMDB mineiro a vaga de senador na chapa que terá o tucano Pimenta da Veiga como candidato ao governo.
Nesse arranjo, o atual governador, Antonio Anastasia (PSDB), não disputaria nenhum cargo em outubro e atuaria como um dos coordenadores da campanha de Aécio. A composição da chapa é o principal argumento dos peemedebistas que defendem o acordo com os tucanos. A possibilidade preocupa a direção nacional do PMDB, que espera uma aliança com o PT.
A oferta de Aécio, relatada ao Estado por três peemedebistas, seria uma cartada final do tucano para "unir Minas contra o PT". O sonho do PSDB é ter Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente José Alencar, como candidato ao Senado na chapa. Josué, porém, tem relações próximas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e se filiou ao PMDB a pedido dele.
O PMDB mineiro está fragmentado. O senador Clésio Andrade lançou seu nome ao governo, mas mesmo aliados dele acreditam em eventual apoio a Aécio. O deputado Leonardo Quintão é outro que teria simpatia pelo projeto tucano. O presidente regional do PMDB é o deputado Antonio Andrade, que deixou o Ministério da Agricultura ontem. Ele defende o apoio à chapa do ex-ministro Fernando Pimentel (PT). Presidente do PSDB mineiro, deputado Marcus Pestana diz que não houve discussão de chapa nas conversas com o PMDB. "Não é assunto para agora. Isso é só em junho."
Fonte: O Estado de S. Paulo
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