María Corina Machado tinha o objetivo de desafiar a cassação de seu mandato
Denise Chrispim Marin- O Estado de S. Paulo
CARACAS - Uma marcha, organizada pela deputada opositora María Corina Machado, foi bloqueada às 15 horas desta terça-feira, 1º, pela Guarda Nacional Bolivariana quando se preparava para partir para a Assembleia Nacional, no centro de Caracas. O objetivo da parlamentar era desafiar a cassação de seu mandado, decretada na semana passada e confirmada pelo Judiciário na segunda-feira 31.
O grupo foi cercado pelas forças de segurança chavistas na Praça Brion, após um discurso da deputada encerrado com o hino venezuelano. A GNB usou bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água para dispersar os partidários de María Corina, em sua maioria estudantes, que responderam com pedras. Uma hora depois do início do confronto, a deputada deixou o local e se dirigiu para a Assembleia, sem o apoio da marcha.
A decisão do TSJ teve como base dois artigos da Constituição que proíbem parlamentares de exercer em paralelo ao mandato qualquer outro cargo público. De acordo com o artigo 149, funcionários públicos não podem aceitar cargos, honras ou recompensas de governos estrangeiros sem a autorização da Assembleia Nacional.
Na semana passada, o presidente da Assembleia, Diosdado Cabello, disse que a deputada perderia o mandato em razão de sua participação na cúpula. María Corina acusa o governo de tentar silenciar a oposição antichavista.
Desde o início dos protestos contra o presidente Nicolás Maduro, três políticos da oposição já foram presos: o ex-prefeito de Chacao Leopoldo López, que assim como Corina incentivou os protestos de rua, e os prefeitos de San Cristóbal, Daniel Ceballos, e o de San Diego, Enzo Scarano.
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