- Correio Braziliense
O recado do PV
Discretamente, o pré-candidato do PV à Presidência da República, Eduardo Jorge, se prepara para colocar à mesa de debates temas polêmicos que a maioria das campanhas menciona com muito cuidado para não perder votos. Em entrevistas recentes, ele tem iniciado a discussão do aborto e da legalização da maconha, sob uma nova abordagem. "Não somos a favor do aborto, mas há uma realidade de mulheres que se submetem a riscos", diz. "O PV não quer estimular o uso da maconha. A gente quer ter uma política mais inteligente de regulação do seu uso como a gente procura e tenta fazer com o cigarro e com o álcool, duas drogas lícitas, com sucesso às vezes maior e menor", diz ele. Para quem achava que, desta vez, o aborto estaria fora das campanhas, aí vem uma rodada bem mais profunda a respeito desses temas.
De volta à ribalta
Depois de dias de glória por causa das audiências que a transformaram em pré-CPI da Petrobras, a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara volta ao centro nervoso da política em outros temas. Vai cutucar, por exemplo, os milionários financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao grupo JBS (Fri-boi) e também ao porto Mariel, em Cuba.
E por falar em Petrobras...
Agora que o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa está solto, a ideia é chamá-lo a depor na Comissão de Fiscalização e Controle. Isso porque, embora a CPI Mista esteja a um ponto de ser instalada, tem muita gente achando que até a fila de depoimentos andar, a Casa já estará esvaziada em função dos jogos da Copa.
Magela e o Mané
O deputado Geraldo Magela (PT-DF) decidiu usar o estádio Mané Garrincha para apimentar a briga judicial entre o Ministério Publico, que deseja eleição direta para escolha dos integrantes do Conselho de Planejamento (Conplan) e o GDF, que nomeia esses conselheiros. Dia desses ele foi à tribuna dizer que o Mané não poderia funcionar, tampouco o Cine Brasília, porque uma liminar da Justiça invalidou as decisões do Conplan, por causa da forma como os conselheiros são escolhidos. No mesmo discurso, Magela alertou que nenhum dos conselhos do DF é preenchido por eleição direta, exceto o tutelar. O Mané entrou de gaiato no navio, uma vez que pode funcionar com o alvará provisório concedido desde a inauguração.
A força de cada um
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, já tem o apoio fechado de seis partidos, além do seu PSDB: DEM, PPS, PSC, SDD, PRB e PR. Está a um passo de levar o PSB. Paulo Skaf, do PMDB, tem o PROS e o marqueteiro Duda Mendonça. Padilha, do PT, tem o PCdoB e o PP de Paulo Maluf.
O pulo de Kassab
Em São Paulo, outros partidos, como PDT e PV, terão candidatos próprios. É por essas e outras que muitos acreditam na hipótese de Gilberto Kassab ser mesmo candidato a governador. Assim, terá como escolher um caminho seguro no segundo turno, ficando independente e consolidando o PSD.
Dúvida cruel/ Na terça-feira, a presidente Dilma Rousseff janta com os candidatos do PMDB aos governos estaduais. O problema em Goiás tirava ontem o sono dos responsáveis pelos convites. Primeiro, o ex-prefeito e ex-governador Íris Rezende desistiu da candidatura. Depois, foi a vez de Júnior da FriBoi seguir pelo mesmo caminho. O Planalto está zonzo. Não sabe se chama os dois ou espera até a noite de segunda-feira para fazer o convite.
Seca promissora/ Os parlamentares reclamavam esta semana da dificuldade de obter recursos para a campanha. Ninguém diz abertamente, mas até no caixa dois está difícil. As últimas operações da Polícia Federal, como a Lava Jato, deu uma limpada geral na trilha do abastecimento das campanhas. O contribuinte agradece.
Sozinha não!/ O PT se prepara para influir na formatação do programa de governo que Dilma Rousseff apresentará ao país durante a campanha pela reeleição. Segunda-feira, tem reunião em Brasília para cuidar desse assunto.
Vale tudo/ Alguns parlamentares têm se superado em termos de exposição de candidatos nas redes sociais. O deputado Lúcio Vieria Lima, do PMDB da Bahia, por exemplo, não fica um fim de semana sem postagens. Dia desses, apresentou um vídeo correndo sem camisa, num parque. “Sou popular!”, brincava ele dia desses numa roda com colegas de partido.
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