O governo petista de Dilma e Lula já acabou, mas eles ainda mantêm os cargos federais ocupados. Como prevíamos, iriam cair atirando e assim estão fazendo. Mobilizam o que lhes resta de apoio entre os movimentos organizados que por anos foram alimentados com dinheiro público.
Foi assim que foram, pouco a pouco, destruindo a democracia no Brasil, golpeando as instituições construídas ou reconstruídas após a ditadura. Nem esta foi tão eficiente em seus objetivos de manter o poder.
O PT acabou com os partidos. Para manter maiorias que lhes dessem tranquilidade de mando estabeleceu pagamentos em dinheiro, fora o acesso aos postos governamentais, para os partidos aliados e seus representantes no Congresso Nacional. O dinheiro vinha do saque às instituições públicas, em especial, das empresas estatais de maior porte. Daí nasceram o “mensalão” e o “petrolão”.
O PT acabou com sindicatos operários, através da cooptação de líderes sindicais, seja pelos cargos públicos que ofereceu às lideranças maiores – conselhos de administração das estatais, Sebrae e sistema “S”, fundos de pensão – seja pelo dinheiro que jorrou do imposto sindical que, ao contrário do que pregavam, teve sua atuação ampliada. Sindicatos, Federações, Centrais Sindicais, deixaram de realizar seu papel central nas reivindicações específicas dos trabalhadores para se transformarem em aparelhos mobilizados pelo PT.
O PT, e seu maior aliado, o PCdoB, acabaram com o movimento estudantil, que transformou suas entidades em organizações de pelegos organizados para sustentar direções partidárias e seus parlamentares. O mesmo aconteceu com diversas organizações populares como os movimentos pela terra, pela habitação e nas demais demandas do povo.
O PT destruiu os organismos públicos criados para regular e fiscalizar o setor privado no seu papel de operador em várias áreas da economia, como na área do petróleo, da energia elétrica, das comunicações, dos transportes, inclusive em áreas tão sensíveis como a saúde, atingindo em cheio a vigilância sanitária. As agências criadas para isso, que deveriam ser tratadas como instrumentos de Estado, autônomas, não de governo, foram assaltadas pelo partido dominante que as transformou em aparelho de seus interesses políticos e econômicos.
O PT destruiu as empresas estatais mais importantes do país ao transformá-las em instrumento para obtenção de dinheiro, seja para suas necessidades eleitorais, seja para o enriquecimento de alguns líderes. Ao ignorar objetivo natural de investir com vistas ao desenvolvimento do país, passaram a ter o olhar apenas voltado para a produção de propinas. Um desastre monumental.
O PT produziu políticas econômicas para, de um lado, manter o controle eleitoral de amplas parcelas humildes do eleitorado e, do outro lado, manter as maiores corporações privadas do país amarradas aos seus interesses de poder. Políticas de curto prazo foram implementadas sem o devido rigor e sem a visão estratégica dos seus efeitos a longo prazo, produzindo o desastre econômico que hoje nos atinge.
O PT utilizou o orçamento público para a obtenção de resultados políticos eleitorais, sem o devido cumprimento das regras constitucionais. Atendeu de maneira irresponsável às demandas de corporações funcionais, o que o obrigou a limitar os investimentos necessários a alimentar o desenvolvimento do país e destruiu a capacidade de usar o Estado como instrumento para impulsionar, com o setor privado, o crescimento da produção do país.
Em suma, o PT nesses seus 13 anos de governo destruiu a democracia no país, golpeando-a diuturnamente, e nos levou à crise econômica e política em que estamos metidos.
Dilma, Lula e seus asseclas procuram taxar os seus opositores como golpistas. Deixou de lado totalmente o governo pelo qual ainda é, em tese, responsável, para agredir quem através dos mecanismos constitucionais tenta encerrar seu ciclo de golpes.
Não vai ter golpe, é fato. Os golpes já se deram, durante todo o ciclo petista. Queremos um contra-golpe para retomar a consolidação da democracia e o desenvolvimento do país.
Eles vão fazer ainda bastante barulho. Ameaçar pôr fogo no país usando do domínio que mantêm sobre os movimentos dependentes dos recursos públicos. São alguns milhares que irão para as ruas para atemorizar a gente comum. Não terão sucesso se nós, maioria que somos, nos mantivermos firmes e serenos. Sem aceitar as provocações e sem dar passos para trás.
São seus estertores. A cobra vai bater seu rabo para cá e para lá. Pode machucar alguns, mas vai morrer.
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