- O Estado de S. Paulo
O pedido da Procuradoria-Geral da República para incluir o nome de Luiz Inácio Lula da Silva no maior inquérito da Operação Lava Jato no Supremo e na denúncia já oferecida contra o ex-presidente são os piores reveses já sofridos pelo petista.
Abrem caminho para um “impeachment antecipado”: se condenado pelo STF, Lula será enquadrado na Lei da Ficha Limpa e não poderá se candidatar em 2018.
O argumento de Rodrigo Janot, de que “o petrolão só pôde existir com Lula”, é muito forte. Estará a partir de agora como um carimbo a marcar a biografia do ex-presidente, um fantasma a perseguir aquele que ainda é um mito para uma faixa da sociedade.
No inquérito-mãe da Lava Jato que soma 69 políticos, Lula estará ao lado dos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha, todos de mãos estendidas a pedir ajuda do futuro governo Michel Temer. Ajuda que dificilmente virá.
A defesa perante a Justiça é muito diferente da defesa política, na qual Lula é expert. Nesta, a pessoa rebate ataques com bravatas e palavras que sacodem a plateia. Naquela, advogados buscam detalhes técnicos que nem sempre convencem os juízes.
Lula terá a solidariedade dos petistas neste momento? Talvez. Mas o PT já não é o mesmo de quando o ex-presidente chegou ao Palácio do Planalto. Assim como Lula.
São quase um arremedo do que já foram.
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