Ricardo Galhardo | O Estado de S. Paulo
A eventual anistia a multas aplicadas aos partidos políticos vai beneficiar diretamente o PT. No ano passado, o TSE impôs multa de suspensão por três meses dos repasses do Fundo Partidário à legenda devido ao uso irregular das verbas no pagamento de empréstimo feito no Banco Rural, na origem do escândalo do mensalão.
Desde 2009, por meio de recursos, o PT tenta protelar a execução da multa. O partido decidiu abrir mão das doações empresariais (depois proibidas pelo Supremo Tribunal Federal) e o Fundo Partidário se tornou a principal fonte de receita da legenda.
Em 2015, R$ 116 milhões dos R$ 144 milhões de receitas do PT vieram do fundo. As contribuições do “dízimo” partidário somaram R$ 26 milhões.
Em janeiro deste ano, o partido recebeu R$ 7,9 milhões do fundo. Além da suspensão de três meses de repasses, o PT foi condenado a outra multa de R$ 7 milhões por irregularidades na prestação de contas da campanha de 2010. A direção petista alegou falta de dinheiro ao adiar de maio para junho o 6.º Congresso Nacional do PT.
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