Os grandes partidos poderão fazer uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar barrar o uso de recursos do fundo partidário na campanha deste ano. A justificativa é que eles têm de investir o dinheiro para pagar contas do dia a dia, enquanto os pequenos poupam para despejar na campanha de seus candidatos.
TSE pode barrar fundo partidário na eleição
Partidos mais estruturados querem barrar o uso do fundo partidário para financiar a campanha eleitoral deste ano. Argumentam que é desleal a competição com siglas menores, que conseguem guardar os recursos ao longo do ano para despejar na eleição de seus candidatos, sem precisar custear despesas de grandes estruturas partidárias. Uma consulta ao TSE deve definir a questão. O deputado federal Cícero Almeida perguntou ao tribunal se, com a criação do fundo eleitoral, a verba partidária deve ser direcionada só para manter as legendas.
» Herança. Atualmente no Podemos, Cícero Almeida (AL) foi o único deputado federal eleito pelo PRTB em 2014. Isso garante à legenda receber fundo partidário mesmo sem ter mais representante na Câmara.
» Cofre cheio. Em 2017, o PRTB recebeu do TSE R$ 3,37 milhões de fundo partidário. Almeida ingressou com a ação para tentar impedir que o partido use o dinheiro na atração de deputados com promessa de verba na campanha.
» Cofrinho. O PR, comandado por Valdemar Costa Neto, também fez uma poupança com o fundo partidário para financiar seus candidatos. Em 2017, a sigla recebeu R$ 32,4 milhões.
» Verba. Em 2018, o TSE vai distribuir R$ 1 bilhão de fundo partidário. Já o repasse eleitoral, destinado só para bancar as campanhas, é de R$ 2 bilhões.
» Onda Maia. A eventual candidatura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), ao Palácio do Planalto conta com o apoio do PP. O presidente nacional do partido, Ciro Nogueira, diz que Maia é “o nosso candidato de preferência”.
» No jogo. O deputado Beto Mansur (PRB-SP), assíduo frequentador do Planato, entrega que Temer anda animado com a ideia de disputar a reeleição. “Enganase quem acha que ele está morto”, diz.
» Lógica do eleitor. Com planos de se lançar à Presidência, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) diz não saber qual candidato conseguirá “encantar” o Brasil . “Ao que tudo indica, o eleitor será movido pela raiva”, conclui.
» Valendo. A PF começa a investigar, nesta semana, o juiz Glaucenir Oliveira, acusado de divulgar áudio que sugere que o ministro Gilmar Mendes, do STF, tenha recebido propina para soltar o ex-governador Anthony Garotinho. O ministro pediu a abertura do inquérito.
» Por cima. O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), emplacou uma indicação na Secretaria Nacional de Habitação, do Ministério das Cidades. Para confirmar Socorro Gadelha na vaga, atropelou a resistência do ministro Alexandre Baldy. » Meu lema. Presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva propõe que a reforma da Previdência seja o tema da campanha eleitoral. “A proposta de Temer está contaminada e não será aprovada, por mais concessão que o governo faça”.
» Megapacote. O governo paulista abriu, no apagar das luzes de 2017, concorrência internacional para seis licitações de reforma de trens da CPTM, estimadas em R$ 1 bi no mercado.
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