Marianna Holanda | O Estado de S. Paulo.
A Rede Sustentabilidade, partido da pré-candidata Marina Silva, sai da janela partidária com dois deputados a menos. O partido tentou trazer para a sigla parlamentares que substituíssem os deputados Aliel Machado (PR) e Alessandro Molon (RJ), que foram para o PSB, mas a falta de estrutura e de fundo partidário não ajudou nas negociações. Foi também o tamanho do fundo da Rede que teria sido determinante para a saída dos deputados.
Na prática, significa que Marina não terá vaga garantida nos debates de televisão. A lei prevê que são necessários cinco parlamentares no Congresso para isso. Dessa forma, sua participação dependerá de um convite da emissora de TV. Filiados à Rede insistem que Marina participará dos debates, porque não convidar uma candidata com os índices de intenção de voto dela – que disputa vaga no segundo turno, de acordo com pesquisas de intenção de voto, na ausência de Lula nas urnas – pegaria muito mal.
Os dois nomes cotados eram os senadores Reguffe (sem partido-DF) e Cristovam Buarque (PPS-DF). O último cortejo foi anteontem, na abertura do Congresso da Rede em Brasília, em que os parlamentares estavam na primeira fileira da plateia, e a militância gritava em uníssono: “Vem pra Rede”.
Apesar dos apelos, os parlamentares não aceitaram o convite. Cristovam disse que vai insistir para que sua sigla apoie Marina. Já Reguffe disse ao Estado que ficará sem partido nessas eleições para apoiar diferentes siglas. “Isso não tira o carinho que eu sinto pela Marina, claro.”
Ontem, a pré-candidata da Rede se lançou à Presidência, em evento do partido. O Congresso da sigla acaba hoje, com a nomeação dos dois novos porta-vozes – Marina deve deixar a vaga para se dedicar exclusivamente à campanha.
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