terça-feira, 30 de agosto de 2022

Alvaro Costa e Silva – O gatilho e a urna

Folha de S. Paulo

Organizados para eleger sua bancada no Congresso, CACs preocupam

"Fica ligado, defensor de bandido." Antes fosse uma postagem nas redes. Era um recado ao vivo que Rodrigo Mondego, candidato a deputado estadual pelo PT do Rio, teve de ouvir com uma pistola apontada para sua cabeça. O agressor é um policial aposentado. Registrado um boletim de ocorrência por ameaça com arma de fogo, o caso veio a público.

Mas há muitos outros, ocorrendo em todo o país na reta final das eleições, e de maneira escancarada, como o assassinato do petista em Foz do Iguaçu, que acendeu o alerta, e a tentativa de homicídio de um churrasqueiro em Brasília. Fora a simbologia grotesca de usar uma réplica da cabeça de Bolsonaro como uma bola de futebol de dois quilos e meio, chutada de um lado a outro no Minhocão, até se rasgar.

O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, que disputa uma vaga na Câmara por São Paulo, escreveu no Twitter após ter sido assediado na rua por um adversário: "Aviso aos comunistas, pivetes, franguinhos, maconheiros, bundas-lelê ou quaisquer outros vagabundos que venham encher o nosso saco: daqui para frente, vai ser tolerância zero! Vão tomar porrada! Tá avisado, talkey?". Nos bastidores do debate na Band, Salles quase saiu no tapa com o deputado André Janones.

O repórter Joelmir Tavares mostrou que a ofensiva contra as urnas eletrônicas tem espalhado pavor entre os mesários. Em 2018, simpatizantes de Bolsonaro foram votar armados e praticaram intimidações. Com as pesquisas desfavoráveis à reeleição, o medo de violência é grande.

Para evitar que as seções eleitorais se transformem em saloons de faroeste, o TSE pretende restringir o porte de armas no dia da votação, proposta levada por políticos da oposição ao ministro Alexandre de Moraes. O difícil será fiscalizar as mais de 700 mil pessoas cadastradas como CACs, que têm em seu poder 2,8 milhões de armas e se organizaram para eleger bancada própria no Congresso.

2 comentários:

Anônimo disse...

A polícia do Rio de Janeiro a partir de informações da inteligência, avalia que só nas favelas da grande Rio, estejam nas mãos de bandidos em torno de 50.000 fuzis de assalto de guerra , fora pistolas e granadas
É dessas armas que tem partido à violência contra a sociedade desarmada e os nossos índice de morte estiveram no governo PT em torno de 60.000 por ano
No governo Bolsonaro essas mortes por assassinato estão caindo vertiginosamente as armas das mãos de pessoas preparadas, treinadas, Aprovadas em teste psicotécnico e prático e com responsabilidade , não causam lesão para a sociedade e sim esses bandidos armados até os dentes , que muitas vezes agem sabendo que o seu alvo está desarmado
E se forem presos a lei hoje favorece o criminoso que vai prao semiaberto com 1/6 da sua pena cumprida, ainda tem direito a salário reclusão pra família , saidinha e visita íntima
A mensagem que a justiça está mandando para a sociedade, inclusive com a soltura e candidatura do Lula, e as leis penais criminais brandas, é que o crime compensa!
Essa é a nossa grande ameaça da segurança social, a impunidade dos crimes que incentiva a sua prática

Anônimo disse...

Caindo vertiginosamente de 60 mil para 59 mil... Esta é matemática bolsonarista. E o descontrole nas armas e munições patrocinado por Bolsonaro vai fazer com que suba ou se mantenha neste patamar, sem qualquer mudança significativa.