Valor Econômico
Lula perdeu a paciência com Padre Kelmon
que foi ao debate justamente para arrancar dele esta reação
Ao evitar fazer perguntas a Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) no debate da Globo, último grande evento da disputa
eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL) acabou por reconhecer a condição
que a campanha o colocou como principal cabo eleitoral do ex-presidente. Até um
“L” involuntário fez ao erguer a mão nas considerações finais que, minutos
depois do debate, já se transformou em “meme” da campanha lulista.
O recurso será abundantemente usado pelos
candidatos que tentarão explorar os deslizes dos adversários em seu benefício
junto a eleitores que, pelo horário em que transcorreu o encontro (das 22h45 às
1h45), não puderam assisti-lo.
Se evitou o embate direto com Lula,
Bolsonaro escalou o Padre Kelmon para fazê-lo. O candidato do PTB, em grande
parte, foi bem-sucedido ao tirar do sério o candidato petista que, até ali,
vinha conseguindo reverter a impressão deixada no debate da Band de não ser
capaz de reagir às acusações de corrupção.
Depois de manter a fleuma ante adversários
mais difíceis, como Bolsonaro ou Ciro Gomes (PDT), que ficou apagado no debate,
Lula perdeu a paciência com Padre Kelmon que foi ao debate justamente para
arrancar dele esta reação.
“Candidato laranja não tem respeito por regras”, disse Lula que, ao fim do embate, tentou retomar o controle: “Vou voltar a ser presidente porque o povo brasileiro está cansado de gente de sua espécie. Não sei de onde você veio, mas seu comportamento é de um fariseu. Feche a boca quando outro estiver falando. Não estou vendo um representante da igreja. Estou vendo um impostor”.
Lula expôs o padre, mas passou a impressão
de ter dado mais importância ao padre do que deveria. Simone Thronicke (União
Brasil) esticou mais a corda ao chamar Kelman de “padre de festa junina”, mas a
candidata da União se valeu do encontro para trafegar pela raia das frases
feitas e de impacto. Não é o caso de Lula.
Com sermões continuados, Padre Kelmon, cujo
sacerdócio não é reconhecido pela igreja ortodoxa no Brasil, tentou desgastar o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o eleitorado católico. No Datafolha
divulgado nesta quinta-feira, o candidato do PT aparece com o dobro das
intenções de voto entre católicos (57% x 29%) que, apesar do avanço evangélico,
compõem a maior religião do país.
A quem assistiu todo o debate e viu quando
o padre, numa dobradinha com Bolsonaro mencionou peças teatrais “com pessoas
peladas colocando dedo a gente sabe onde”, dificilmente acreditará na vocação
religiosa do candidato, mas como esse tipo de encontro costuma ser fatiado
pelas campanhas, há recortes possíveis em que Kelmon posa de vítima da
“agressividade de Lula contra a igreja”.
Enquanto Lula se engalfinhava com Kelmon,
Bolsonaro buscava um tom mais ameno do que adotou no debate da semana passada
no SBT e, principalmente, no primeiro encontro do gênero na Band. Dirigiu-se a
Simone Tebet e a Soraya Thronicke sempre como “senhora candidata”.
A candidata do MDB demonstrou que, se não
vai ganhar a eleição, quer sair da campanha como a mulher que enfrentou o
presidente Jair Bolsonaro. A candidata do MDB valeu-se do impedimento de
Bolsonaro de agredi-la, sob pena de ver aumentar sua rejeição de 56% no
eleitorado feminino (Datafolha) para provocá-lo. Ao ser indagada sobre a morte
de Celso Daniel, ex-prefeito petista de Santo André (SP), sugeriu que Bolsonaro
agia covardemente por não fazer a pergunta diretamente a Lula.
Se Kelmon e Felipe d’Avila fizeram dobradinhas com o presidente Jair Bolsonaro, Simone bateu bola com Lula numa pergunta sobre questão climática. Provavelmente advertida no intervalo das cobranças de seu eleitorado, foi enfática ao criticar a corrupção no governo petista.
3 comentários:
O genocida demonstrou toda a sua COVARDIA, ao evitar fazer perguntas para Lula, e só dialogar com seu cabo eleitoral, o ridículo Kelmon, religioso superalimentado falando da fome alheia... Certamente nunca faltou comida na mesa do candidato laranja, outras frutas e alimentos mais engordantes também abundaram em demasia nas suas refeições, reforçando sua cara de pau e canalhice, além da cintura avantajada! O padreco conseguiu seus segundos de fama, mentindo descaradamente em rede nacional, fingindo-se de sacerdote quando era CANDIDATO FANTASMA, ou candidato FANTOCHE do genocida. Kelmon e Bolsonaro, dupla de canalhas mentirosos!
O candidato palhaço Kelmon é tão ridículo que nos causa pena. Ao invés de fazer rir nos faz chorar, diante da degradação a que chega um ser que já foi humano em algum momento da sua vida. Depois, como o genocida, virou canalha em tempo integral, disposto a tudo pra permanecer no poder. Religiosos? Tanto como os pastores que pediam propina em barras de ouro, naquele governo que não tem corrupção...
Os imóveis comprados com dinheiro vivo parece que foi relegado à irrelevância.
Postar um comentário