Por Estevão Taiar / Valor Econômico
Ministra afirmou que já tinha sido avisada que Lula “gostaria de fazer uma escolha pessoal” para o IBGE
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou
nesta quinta-feira que, embora a indicação
do economista Marcio Pochmann para a presidência do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) não seja “oficial”, foi um pedido
do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT). Por isso, a nomeação de Pochmann, quando
for oficializada, será atendida com “o maior prazer”, segundo ela.
“Terei o maior prazer de atender pedido do presidente Lula”, disse a jornalistas ao chegar no Ministério da Fazenda para reunião com o titular da pasta, Fernando Haddad.
Tebet começou
afirmando que a indicação de Pochmann ainda “não é oficial” e que “gostaria de
repor a verdade”.
Ela disse que ligou ontem para os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e das
Relações Institucionais, Alexandre Padilha, com quem tem conversado “há 15
dias” sobre a troca na presidência do IBGE.
Ela também afirmou que já tinha sido
avisada que Lula “gostaria de fazer uma escolha pessoal” para o IBGE e que o
“pedido é mais do que justo”. Segundo Tebet, Lula não fez para ela “nenhum pedido
até hoje”.
O anúncio de que Pochmann comandará o IBGE
foi feito nesta quarta-feira (26) pelo ministro da Secretaria de Comunicação,
Paulo Pimenta. De acordo com a ministra, Pimenta fez o anúncio ontem
“preliminarmente”.
“Já está colocado [o nome de Pochmann]. O
nome será oficializado no momento certo”, disse.
Segundo ela, “o próximo passo” será marcar
uma reunião “técnica” com Pochmann na semana que vem, sem “pré-julgamentos”.
“Um lado tem falado bem [da nomeação],
outro lado tem feito questionamentos”, disse. “Ele será muito bem-vindo à nossa
equipe e continuará no IBGE enquanto estiver atendendo os interesses da
sociedade brasileira.”
A ministra ainda elogiou o presidente
interino do IBGE, Cimar Azeredo, afirmando que ele fez do “limão uma grande limonada”
ao realizar o Censo.
Por fim, Tebet afirmou que o tema da reunião com Haddad é um corte de R$ 2,6 bilhões que precisará ser feito no orçamento do Ministério da Fazenda de 2024.
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