DEU NA GAZETA MERCANTIL
"Eu nunca vi nada igual". Os desdobramentos da crise econômica nos principais mercados do mundo, que a cada novo acontecimento evidenciam tons cada vez mais sombrios, mostram que o Brasil, como todo o resto do globo, não tem como passar incólume. Na avaliação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o País está hoje em melhores condições do que nas crises anteriores, "mas não pode haver descuidos". E aproveitou para alfinetar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para quem a economia brasileira está blindada.
"É um momento delicado, o governo precisa ter responsabilidade e gastar menos, não dá para falar que não seremos afetados", disse, dando como exemplo a bolsa brasileira, que ontem voltou a registrar uma queda de 6,74%, acompanhando a tendência dos mercados mundiais. No ano, a Bovespa acumula queda de quase 30%.
Ainda na avaliação do ex-presidente, que participou ontem do Programa do Jô Soares, da Rede Globo, a falta de crédito internacional preocupa, principalmente por afetar os investimentos. "O BNDES está sobreemprestado, quem precisar de dinheiro agora terá dificuldades, ninguém está emprestando nada para ninguém."
Quanto sobre de quem é a culpa, FHC vai com a maioria: o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush e o ex-presidente do Federal Reserve, Allan Greenspan "e todos aqueles que deveriam fiscalizar e não fiscalizaram".
Segundo ele, o governo Bush foi fiscalmente irresponsável, elevando o total da dívida em 6% do PIB norte-americano. "A crise atual é resultado da exuberância irracional", disse. "Bush finge que não é com ele, aliás não é só ele que faz isso", ironizou, noutra alfinetada a Lula.
Ele destaca o fato de o governo norte-americano e os bancos centrais europeus estarem socorrendo instituições financeiras quebradas, diferença crucial em relação à crise de 1929. "Contando EUA e Europa, foram jogados nos mercados financeiros mais de US$ 1 trilhão, praticamente o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil".
FHC declara-se surpreso com o fato de o candidato democrata Barack Obama não estar disparando nas pesquisas de intenções de voto, diante da crise republicana.
"Acho que é por causa do racismo do norte-americano", disse, acrescentando, no entanto, que agora, com o arrefecimento da situação econômica, o debate em torno da sucessão nos EUA deverá ficar mais sério. "Vemos um governo republicano estatizando, acho até que ele não fez isso intencionalmente".
"Eu nunca vi nada igual". Os desdobramentos da crise econômica nos principais mercados do mundo, que a cada novo acontecimento evidenciam tons cada vez mais sombrios, mostram que o Brasil, como todo o resto do globo, não tem como passar incólume. Na avaliação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o País está hoje em melhores condições do que nas crises anteriores, "mas não pode haver descuidos". E aproveitou para alfinetar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para quem a economia brasileira está blindada.
"É um momento delicado, o governo precisa ter responsabilidade e gastar menos, não dá para falar que não seremos afetados", disse, dando como exemplo a bolsa brasileira, que ontem voltou a registrar uma queda de 6,74%, acompanhando a tendência dos mercados mundiais. No ano, a Bovespa acumula queda de quase 30%.
Ainda na avaliação do ex-presidente, que participou ontem do Programa do Jô Soares, da Rede Globo, a falta de crédito internacional preocupa, principalmente por afetar os investimentos. "O BNDES está sobreemprestado, quem precisar de dinheiro agora terá dificuldades, ninguém está emprestando nada para ninguém."
Quanto sobre de quem é a culpa, FHC vai com a maioria: o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush e o ex-presidente do Federal Reserve, Allan Greenspan "e todos aqueles que deveriam fiscalizar e não fiscalizaram".
Segundo ele, o governo Bush foi fiscalmente irresponsável, elevando o total da dívida em 6% do PIB norte-americano. "A crise atual é resultado da exuberância irracional", disse. "Bush finge que não é com ele, aliás não é só ele que faz isso", ironizou, noutra alfinetada a Lula.
Ele destaca o fato de o governo norte-americano e os bancos centrais europeus estarem socorrendo instituições financeiras quebradas, diferença crucial em relação à crise de 1929. "Contando EUA e Europa, foram jogados nos mercados financeiros mais de US$ 1 trilhão, praticamente o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil".
FHC declara-se surpreso com o fato de o candidato democrata Barack Obama não estar disparando nas pesquisas de intenções de voto, diante da crise republicana.
"Acho que é por causa do racismo do norte-americano", disse, acrescentando, no entanto, que agora, com o arrefecimento da situação econômica, o debate em torno da sucessão nos EUA deverá ficar mais sério. "Vemos um governo republicano estatizando, acho até que ele não fez isso intencionalmente".
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