Fernando Rodrigues
DEU NA FOLHA DE S. PAULO
WASHINGTON - É lenta, porém contínua, a depuração da democracia brasileira. Desde 1982, freqüentaram as eleições no país 72 partidos políticos. Agora, o quadro afunilou. O número de legendas atual flutua abaixo de 30, embora o cenário real seja mais enxuto.
Nas eleições municipais concluídas ontem, só três partidos emergiram nacionalizados: PMDB, PT e PSDB. A trinca domina dois terços do G-79 -as 26 capitais e 53 cidades com mais de 200 mil eleitores.
Outro indicador é o desempenho nacional nas disputas municipais.
Em 2000, os candidatos a prefeito de PMDB, PT e PSDB somados tiveram 46% de todos os votos do país. Em 2004, o percentual pulou e foi a 49%. Agora, avançou mais um pouquinho para atingir a emblemática marca dos 50%.
Diferentemente de PMDB, PT e PSDB, nenhuma das outras agremiações políticas pode ostentar o título de partido nacional. Têm vida própria aqui e ali, mas dependem de sucessos regionais esporádicos. É o caso do DEM (ex-PFL). O excepcional desempenho de Gilberto Kassab na capital paulista não confere ainda à sigla passe livre para cobiçar o poder federal em 2010 -nem mesmo o estadual.
Não que os três maiores partidos brasileiros sejam perfeitos ou modelos de associação política. Estão longe desse nirvana. Mas é inegável sua consolidação nacional. Ninguém duvida, por exemplo, que em 2010 haverá na urna eletrônica candidatos a presidente competitivos do PT e do PSDB. O PMDB, maior de todos, sofre de complexo de inferioridade e só aspira a indicar um candidato a vice.
É ínfima a chance de haver mudanças radicais nessa configuração até a sucessão presidencial, com uma exceção: a economia se deteriorar a ponto de empurrar novos atores para o centro da disputa. Foi esse o ambiente no qual prosperou Fernando Collor, em 1989.
DEU NA FOLHA DE S. PAULO
WASHINGTON - É lenta, porém contínua, a depuração da democracia brasileira. Desde 1982, freqüentaram as eleições no país 72 partidos políticos. Agora, o quadro afunilou. O número de legendas atual flutua abaixo de 30, embora o cenário real seja mais enxuto.
Nas eleições municipais concluídas ontem, só três partidos emergiram nacionalizados: PMDB, PT e PSDB. A trinca domina dois terços do G-79 -as 26 capitais e 53 cidades com mais de 200 mil eleitores.
Outro indicador é o desempenho nacional nas disputas municipais.
Em 2000, os candidatos a prefeito de PMDB, PT e PSDB somados tiveram 46% de todos os votos do país. Em 2004, o percentual pulou e foi a 49%. Agora, avançou mais um pouquinho para atingir a emblemática marca dos 50%.
Diferentemente de PMDB, PT e PSDB, nenhuma das outras agremiações políticas pode ostentar o título de partido nacional. Têm vida própria aqui e ali, mas dependem de sucessos regionais esporádicos. É o caso do DEM (ex-PFL). O excepcional desempenho de Gilberto Kassab na capital paulista não confere ainda à sigla passe livre para cobiçar o poder federal em 2010 -nem mesmo o estadual.
Não que os três maiores partidos brasileiros sejam perfeitos ou modelos de associação política. Estão longe desse nirvana. Mas é inegável sua consolidação nacional. Ninguém duvida, por exemplo, que em 2010 haverá na urna eletrônica candidatos a presidente competitivos do PT e do PSDB. O PMDB, maior de todos, sofre de complexo de inferioridade e só aspira a indicar um candidato a vice.
É ínfima a chance de haver mudanças radicais nessa configuração até a sucessão presidencial, com uma exceção: a economia se deteriorar a ponto de empurrar novos atores para o centro da disputa. Foi esse o ambiente no qual prosperou Fernando Collor, em 1989.
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