Yan Boechat, de São Paulo
DEU NO VALOR ECONÔMICO
Duas semanas após comparar a política monetária praticada pelo Banco Central com o esquema fraudulento criado pelo italiano Carlo Ponzi na década de 20 nos Estados Unidos, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), voltou à carga de ataques à instituição comandada por Henrique Meirelles. Serra reafirmou que o BC errou ao não baixar os juros de forma mais aguda no auge da crise financeira e disse acreditar que os economistas que fazem parte do Comitê de Política Monetária (Copom) não estão preparados para a função.
Indagado se, assim como Ponzi, o BC agia de má fé na definição da política monetária, Serra declinou da hipótese, mas afirmou que falta conhecimento econômico ao Banco Central. "O problema é que eles têm conhecimento insuficiente das variáveis econômicas, mas não serei maldoso em afirmar que há má fé, todos que estão lá querem acertar, mas o conhecimento econômico é insuficiente", afirmou.
José Serra vem adotando a prática de criticar as políticas monetária e fiscal do Planalto desde o início do ano, quando a corrida eleitoral começou a dar mostras claras de que seria antecipada. Evitando entrar em questões ligadas a programas de governo específicas, como o PAC e o Bolsa Família, Serra elegeu o Banco Central como principal responsável pelas mazelas decorrentes da crise global que o país enfrenta hoje.
Ontem, durante o almoço de encerramento de um fórum sobre a crise organizado pela revista "Exame", ele voltou às críticas, dessa vez afirmando que o BC perdeu uma oportunidade única de desvalorizar o real sem criar pressões inflacionárias. "O BC poderia ter baixado os juros em 300 ou 400 pontos base no auge da crise que não haveria inflação, mas só foi agir em janeiro", afirmou o governador.
Perguntado sobre qual taxa de juros ele acreditava ser a ideal para o país nesse momento, José Serra eximiu-se de responder, afirmando que estava ali apenas como governador e economista.
DEU NO VALOR ECONÔMICO
Duas semanas após comparar a política monetária praticada pelo Banco Central com o esquema fraudulento criado pelo italiano Carlo Ponzi na década de 20 nos Estados Unidos, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), voltou à carga de ataques à instituição comandada por Henrique Meirelles. Serra reafirmou que o BC errou ao não baixar os juros de forma mais aguda no auge da crise financeira e disse acreditar que os economistas que fazem parte do Comitê de Política Monetária (Copom) não estão preparados para a função.
Indagado se, assim como Ponzi, o BC agia de má fé na definição da política monetária, Serra declinou da hipótese, mas afirmou que falta conhecimento econômico ao Banco Central. "O problema é que eles têm conhecimento insuficiente das variáveis econômicas, mas não serei maldoso em afirmar que há má fé, todos que estão lá querem acertar, mas o conhecimento econômico é insuficiente", afirmou.
José Serra vem adotando a prática de criticar as políticas monetária e fiscal do Planalto desde o início do ano, quando a corrida eleitoral começou a dar mostras claras de que seria antecipada. Evitando entrar em questões ligadas a programas de governo específicas, como o PAC e o Bolsa Família, Serra elegeu o Banco Central como principal responsável pelas mazelas decorrentes da crise global que o país enfrenta hoje.
Ontem, durante o almoço de encerramento de um fórum sobre a crise organizado pela revista "Exame", ele voltou às críticas, dessa vez afirmando que o BC perdeu uma oportunidade única de desvalorizar o real sem criar pressões inflacionárias. "O BC poderia ter baixado os juros em 300 ou 400 pontos base no auge da crise que não haveria inflação, mas só foi agir em janeiro", afirmou o governador.
Perguntado sobre qual taxa de juros ele acreditava ser a ideal para o país nesse momento, José Serra eximiu-se de responder, afirmando que estava ali apenas como governador e economista.
"Embora o presidente (Luiz Inácio Lula da Silva), os partidos e a imprensa me considerem pré-candidato, eu não assumi e não vou falar nessa condição", afirmou, no início de seu discurso.
Inicialmente José Serra iria dividir as atenções no encerramento do fórum com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a pré-candidata petista, também não-assumida. Mas, assim como aconteceu no último evento que participaria com o governador de São Paulo, há duas semanas, Dilma cancelou sua presença.
Enquanto José Serra abria mão do papel de pré-candidato, o governador mineiro Aécio Neves, principal adversário de Serra na disputa interna do PSDB, se assumia como tal quase no outro extremo do país. Aécio foi até João Pessoa (PB) participar de um seminário de seu partido sobre políticas sociais. No evento de que também participaram o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, e o presidente do DEM, Rodrigo Maia, a grande ausência foi exatamente a do governador de São Paulo. Aécio Neves, uma vez mais, se colocou como opção do PSDB e seus aliados para ser o candidato à Presidência nas eleições de 2010.
Inicialmente José Serra iria dividir as atenções no encerramento do fórum com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a pré-candidata petista, também não-assumida. Mas, assim como aconteceu no último evento que participaria com o governador de São Paulo, há duas semanas, Dilma cancelou sua presença.
Enquanto José Serra abria mão do papel de pré-candidato, o governador mineiro Aécio Neves, principal adversário de Serra na disputa interna do PSDB, se assumia como tal quase no outro extremo do país. Aécio foi até João Pessoa (PB) participar de um seminário de seu partido sobre políticas sociais. No evento de que também participaram o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, e o presidente do DEM, Rodrigo Maia, a grande ausência foi exatamente a do governador de São Paulo. Aécio Neves, uma vez mais, se colocou como opção do PSDB e seus aliados para ser o candidato à Presidência nas eleições de 2010.
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