Da sucursal de Brasília
DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Nomes ligados às alas mais à esquerda admitem que defesa do senador provocou uma crise institucional no partido
Já os alinhados com o Planalto preocupam-se com desgaste em 2010 e preferem restringir problemas ao Senado
Entre os candidatos à presidência do PT, apenas os ligados às alas mais à esquerda do partido admitem que a defesa de José Sarney (PMDB-AP) provocou uma crise institucional na legenda. Já a ala mais alinhada com o Planalto, preocupada com os resultados deste desgaste na eleição de 2010, prefere restringir os problemas à bancada no Senado.Nos últimos dois dias, a Folha ouviu cinco dos seis postulantes à vaga hoje ocupada pelo deputado Ricardo Berzoini (PT-SP). As respostas refletem as divisões que tradicionalmente aparecem no partido.
Candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, José Eduardo Dutra é o mais alinhado à atual administração. Para ele, o PT vive problemas isolados em meio a uma fase onde há praticamente consenso em torno do nome da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) para disputar o Planalto em 2010, da política de alianças e dos rumos do governo Lula.
Em linha completamente oposta está o candidato da Esquerda Marxista, Serge Goulart. Para ele, é um "erro grave" de Lula e do PT sustentar Sarney. "Toda a crise no partido é resultado da política de alianças. E é uma crise centrifugadora", disse. "O PT está sendo liquidado por uma política que não leva a nada", acrescentou.
De todos, ele foi o mais crítico à postura do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que, na sexta-feira, após sucessivas promessas em contrário, anunciou que permaneceria na liderança do partido no Senado, apesar de discordar da postura da direção do PT e do governo em relação a Sarney.
"Na medida em que ele é líder do partido, deveria conversar esta questão da liderança com o partido, e não com Lula. Ele não é líder do governo".
Markus Sokol, da corrente O Trabalho, classificou a postura do PT no Senado de "lamentável".
DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Nomes ligados às alas mais à esquerda admitem que defesa do senador provocou uma crise institucional no partido
Já os alinhados com o Planalto preocupam-se com desgaste em 2010 e preferem restringir problemas ao Senado
Entre os candidatos à presidência do PT, apenas os ligados às alas mais à esquerda do partido admitem que a defesa de José Sarney (PMDB-AP) provocou uma crise institucional na legenda. Já a ala mais alinhada com o Planalto, preocupada com os resultados deste desgaste na eleição de 2010, prefere restringir os problemas à bancada no Senado.Nos últimos dois dias, a Folha ouviu cinco dos seis postulantes à vaga hoje ocupada pelo deputado Ricardo Berzoini (PT-SP). As respostas refletem as divisões que tradicionalmente aparecem no partido.
Candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, José Eduardo Dutra é o mais alinhado à atual administração. Para ele, o PT vive problemas isolados em meio a uma fase onde há praticamente consenso em torno do nome da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) para disputar o Planalto em 2010, da política de alianças e dos rumos do governo Lula.
Em linha completamente oposta está o candidato da Esquerda Marxista, Serge Goulart. Para ele, é um "erro grave" de Lula e do PT sustentar Sarney. "Toda a crise no partido é resultado da política de alianças. E é uma crise centrifugadora", disse. "O PT está sendo liquidado por uma política que não leva a nada", acrescentou.
De todos, ele foi o mais crítico à postura do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que, na sexta-feira, após sucessivas promessas em contrário, anunciou que permaneceria na liderança do partido no Senado, apesar de discordar da postura da direção do PT e do governo em relação a Sarney.
"Na medida em que ele é líder do partido, deveria conversar esta questão da liderança com o partido, e não com Lula. Ele não é líder do governo".
Markus Sokol, da corrente O Trabalho, classificou a postura do PT no Senado de "lamentável".
"[A crise] é um pedágio que estamos pagando por esta aliança descabida com o Sarney", disse. "O grave é o Planalto expor o partido a uma postura contrária a da bancada". Sokol propôs a Berzoini antecipar a reunião do diretório nacional do partido marcada para 17 de setembro para discutir estas questões, mas até sexta-feira não havia recebido resposta.
O deputado Geraldo Magela (PT-DF), do Movimento PT, também foi crítico à postura do partido. "O PT vai pagar um preço altíssimo por uma crise que é do PMDB. O que aconteceu atinge todo o partido", afirmou. Iriny Lopes (PT-ES), candidata da Articulação de Esquerda, se mostrou solidária à postura defendida por Berzoini e pelo Planalto e disse que Mercadante foi "coerente". "Ele sai fortalecido porque não negociou a liderança. Ele não abriu mão do discurso dele para ficar com o cargo", afirmou. Ela defendeu que o PT precisa ter independência em relação a quem tenha cargo eletivo, mas negou qualquer crise neste sentido. O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), candidato pela Mensagem ao Partido, não respondeu às ligações da Folha.
O deputado Geraldo Magela (PT-DF), do Movimento PT, também foi crítico à postura do partido. "O PT vai pagar um preço altíssimo por uma crise que é do PMDB. O que aconteceu atinge todo o partido", afirmou. Iriny Lopes (PT-ES), candidata da Articulação de Esquerda, se mostrou solidária à postura defendida por Berzoini e pelo Planalto e disse que Mercadante foi "coerente". "Ele sai fortalecido porque não negociou a liderança. Ele não abriu mão do discurso dele para ficar com o cargo", afirmou. Ela defendeu que o PT precisa ter independência em relação a quem tenha cargo eletivo, mas negou qualquer crise neste sentido. O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), candidato pela Mensagem ao Partido, não respondeu às ligações da Folha.
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