Tiago Pariz
DEU NO CORREIO BRAZILIENSE
Grupo contrário ao apoio a Dilma Rousseff na disputa pela Presidência tenta impedir definição que não deve demorar
Minoritária dentro do PMDB, a ala favorável a uma aliança com o PSDB sabe que só tem um caminho para se impor no partido e torce para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, manter os patamares abaixo dos 20% nas pesquisas de intenção de voto e para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser incapaz de transferir popularidade a sua pupila. Essas são as duas apostas para evitar que os peemedebistas alinhados com o PT selem o acordo eleitoral ainda este ano.
O grupo fala por apenas cinco dos 27 diretórios estaduais e tem o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e o ex-governador paulista Orestes Quércia à frente. Conta ainda com a adesão de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Acre. Mas aposta em incluir aliados fortes, como Bahia, Pará e Mato Grosso do Sul, que ralham em disputas locais com os petistas, mas fazem parte ainda do escopo governista. O apoio desses estados é fundamental para concretizar qualquer sonho de aliança com os tucanos.
O grupo de Vasconcelos está insatisfeito com as declarações do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), sobre a necessidade de agilizar a aliança nacional com o PT. Os governistas do PMDB pretendem anunciar ainda em outubro o compromisso de estar ao lado de Lula na eleição do ano que vem como vice da ministra Dilma Rousseff. No atual contexto, o mais cotado para participar da chapa é Temer. O grupo pró-Lula tem representação na maioria dos estados, mas, para a aliança formal, depende do apoio inicial de Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Bahia e Pará.
Efeito contrário
Orestes Quércia, Jarbas Vasconcelos e o deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) reuniram-se na terça-feira com Temer e com o líder da bancada na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), para criticar as declarações e tentar postergar ao máximo o anúncio do compromisso com os petistas. Deu efeito contrário. O presidente da Câmara esteve com Lula e o processo de definição em favor de Dilma foi agilizado.
Defensor da candidatura própria, o deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS) prefere ficar de fora da disputa entre tucanos e petistas. Para ele, se a Convenção Nacional fosse hoje o partido não conseguiria fechar nenhuma posição. “É uma pena, mas a tese majoritária é ficar livre no primeiro turno, não se aliar com ninguém, e no segundo turno se acertar”, disse. Seu conterrâneo, o senador Pedro Simon partilha da análise. “Com esses percentuais, o governo não tem como impor o apoio do PMDB à ministra”, sustentou o senador. Os governistas do PMDB descartam a eficácia da estratégia do grupo tucano. Segundo a ala, Dilma não cresceu na última pesquisa por estar afastada dos palanques. Ela só tende a crescer agora que se dedicará a viajar pelo Brasil, avaliou um peemedebista pró-Lula.
DEU NO CORREIO BRAZILIENSE
Grupo contrário ao apoio a Dilma Rousseff na disputa pela Presidência tenta impedir definição que não deve demorar
Minoritária dentro do PMDB, a ala favorável a uma aliança com o PSDB sabe que só tem um caminho para se impor no partido e torce para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, manter os patamares abaixo dos 20% nas pesquisas de intenção de voto e para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser incapaz de transferir popularidade a sua pupila. Essas são as duas apostas para evitar que os peemedebistas alinhados com o PT selem o acordo eleitoral ainda este ano.
O grupo fala por apenas cinco dos 27 diretórios estaduais e tem o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e o ex-governador paulista Orestes Quércia à frente. Conta ainda com a adesão de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Acre. Mas aposta em incluir aliados fortes, como Bahia, Pará e Mato Grosso do Sul, que ralham em disputas locais com os petistas, mas fazem parte ainda do escopo governista. O apoio desses estados é fundamental para concretizar qualquer sonho de aliança com os tucanos.
O grupo de Vasconcelos está insatisfeito com as declarações do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), sobre a necessidade de agilizar a aliança nacional com o PT. Os governistas do PMDB pretendem anunciar ainda em outubro o compromisso de estar ao lado de Lula na eleição do ano que vem como vice da ministra Dilma Rousseff. No atual contexto, o mais cotado para participar da chapa é Temer. O grupo pró-Lula tem representação na maioria dos estados, mas, para a aliança formal, depende do apoio inicial de Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Bahia e Pará.
Efeito contrário
Orestes Quércia, Jarbas Vasconcelos e o deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) reuniram-se na terça-feira com Temer e com o líder da bancada na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), para criticar as declarações e tentar postergar ao máximo o anúncio do compromisso com os petistas. Deu efeito contrário. O presidente da Câmara esteve com Lula e o processo de definição em favor de Dilma foi agilizado.
Defensor da candidatura própria, o deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS) prefere ficar de fora da disputa entre tucanos e petistas. Para ele, se a Convenção Nacional fosse hoje o partido não conseguiria fechar nenhuma posição. “É uma pena, mas a tese majoritária é ficar livre no primeiro turno, não se aliar com ninguém, e no segundo turno se acertar”, disse. Seu conterrâneo, o senador Pedro Simon partilha da análise. “Com esses percentuais, o governo não tem como impor o apoio do PMDB à ministra”, sustentou o senador. Os governistas do PMDB descartam a eficácia da estratégia do grupo tucano. Segundo a ala, Dilma não cresceu na última pesquisa por estar afastada dos palanques. Ela só tende a crescer agora que se dedicará a viajar pelo Brasil, avaliou um peemedebista pró-Lula.
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