DEU NO CORREIO BRAZILIENSE
Após intensa pressão de aliados e setores do próprio partido, o PSDB deve definir daqui a dois meses o nome que disputará a Presidência da República em 2010. Sonho da cúpula da legenda era compor chapa puro-sangue entre Serra e Aécio, mas hipótese está descartada
Daniela Lima
Ganha corpo dentro do PSDB a tese de que até janeiro o partido apresentará um nome para concorrer ao Palácio do Planalto nas próximas eleições. A legenda hoje sofre com a pressão interna e de siglas aliadas pela indicação de um candidato. Falta convencer os principais envolvidos no assunto, os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), de que essa é uma boa estratégia.
A vontade de que o partido defina logo seu candidato tem apoio de 20 dos 22 dirigentes regionais do PSDB que participaram do encontro na última quarta-feira, na sede da sigla em Brasília. Eles externaram preocupação com os palanques estaduais. Os tucanos se preocupam muito, por exemplo, com o Rio de Janeiro, onde a demora no apontamento do nome está fazendo com que adversários políticos ganhem espaço nas negociações com possíveis aliados.
Para que janeiro seja o mês da revelação tucana, há um trabalho muito forte na cúpula do partido pela recomposição das relações entre Serra e Aécio. Ambos são pré-candidatos à Presidência em 2010. O sonho de dirigentes nacionais do PSDB é que Serra e Aécio componham uma chapa puro-sangue nas eleições. O anseio foi o propulsor dos seminários em que os dois pré-candidatos dividiram espaço. Mas esse trabalho de aproximação sofreu grande desgaste nos últimos meses.
Em outubro, líderes do Democratas — partido aliado — foram a público pedir ao PSDB que apresentasse o nome do candidato o mais cedo possível. Esbarraram na vontade de José Serra, que lidera as pesquisas de intenção de voto no país. O governador paulista quer estender ao máximo a apresentação de um nome. Com isso, ganha mais tempo como gestor de um dos estados mais importantes do país, e adia o confronto — e eventuais desgastes — no embate com a candidata do PT, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Aécio, que divide o apoio de Serra com o DEM mas conta com aliados em partidos como PTB e PP, por exemplo, iniciou conversas com representantes de outras legendas. A capacidade de aglutinação do governador mineiro é um de seus pontos mais fortes no jogo eleitoral. O mais polêmico desses encontros, com o pré-candidato do PSB, o deputado federal Ciro Gomes (CE), rendeu muito dentro do partido. Aécio amenizou a repercussão. Disse que não pode deixar de receber políticos de outras legendas por conta da proximidade do processo eleitoral e descartou qualquer tentativa de fragilizar ou pressionar o governador José Serra com isso. “Faço política conversando”, destacou.
Os que defendem a apresentação de um nome até janeiro se esmeram na reconstrução das relações entre Serra e Aécio, e avaliam a postura do governador mineiro como um avanço nesse sentido. Torcem para que, até dezembro, as conversas entre os dois estejam mais azeitadas. Se não for possível fechar um palanque puro-sangue, querem evitar que um trabalhe contra o outro após a escolha do partido. “Eles terão que se acertar. Com os dois juntos, ganhamos as eleições. Se concorrerem separados, teremos um processo muito difícil”, avaliou um dos nomes mais influentes do partido.
Após intensa pressão de aliados e setores do próprio partido, o PSDB deve definir daqui a dois meses o nome que disputará a Presidência da República em 2010. Sonho da cúpula da legenda era compor chapa puro-sangue entre Serra e Aécio, mas hipótese está descartada
Daniela Lima
Ganha corpo dentro do PSDB a tese de que até janeiro o partido apresentará um nome para concorrer ao Palácio do Planalto nas próximas eleições. A legenda hoje sofre com a pressão interna e de siglas aliadas pela indicação de um candidato. Falta convencer os principais envolvidos no assunto, os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), de que essa é uma boa estratégia.
A vontade de que o partido defina logo seu candidato tem apoio de 20 dos 22 dirigentes regionais do PSDB que participaram do encontro na última quarta-feira, na sede da sigla em Brasília. Eles externaram preocupação com os palanques estaduais. Os tucanos se preocupam muito, por exemplo, com o Rio de Janeiro, onde a demora no apontamento do nome está fazendo com que adversários políticos ganhem espaço nas negociações com possíveis aliados.
Para que janeiro seja o mês da revelação tucana, há um trabalho muito forte na cúpula do partido pela recomposição das relações entre Serra e Aécio. Ambos são pré-candidatos à Presidência em 2010. O sonho de dirigentes nacionais do PSDB é que Serra e Aécio componham uma chapa puro-sangue nas eleições. O anseio foi o propulsor dos seminários em que os dois pré-candidatos dividiram espaço. Mas esse trabalho de aproximação sofreu grande desgaste nos últimos meses.
Em outubro, líderes do Democratas — partido aliado — foram a público pedir ao PSDB que apresentasse o nome do candidato o mais cedo possível. Esbarraram na vontade de José Serra, que lidera as pesquisas de intenção de voto no país. O governador paulista quer estender ao máximo a apresentação de um nome. Com isso, ganha mais tempo como gestor de um dos estados mais importantes do país, e adia o confronto — e eventuais desgastes — no embate com a candidata do PT, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Aécio, que divide o apoio de Serra com o DEM mas conta com aliados em partidos como PTB e PP, por exemplo, iniciou conversas com representantes de outras legendas. A capacidade de aglutinação do governador mineiro é um de seus pontos mais fortes no jogo eleitoral. O mais polêmico desses encontros, com o pré-candidato do PSB, o deputado federal Ciro Gomes (CE), rendeu muito dentro do partido. Aécio amenizou a repercussão. Disse que não pode deixar de receber políticos de outras legendas por conta da proximidade do processo eleitoral e descartou qualquer tentativa de fragilizar ou pressionar o governador José Serra com isso. “Faço política conversando”, destacou.
Os que defendem a apresentação de um nome até janeiro se esmeram na reconstrução das relações entre Serra e Aécio, e avaliam a postura do governador mineiro como um avanço nesse sentido. Torcem para que, até dezembro, as conversas entre os dois estejam mais azeitadas. Se não for possível fechar um palanque puro-sangue, querem evitar que um trabalhe contra o outro após a escolha do partido. “Eles terão que se acertar. Com os dois juntos, ganhamos as eleições. Se concorrerem separados, teremos um processo muito difícil”, avaliou um dos nomes mais influentes do partido.
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