DEU NO VALOR ECONÔMICO
Vandson Lima De São Paulo
Descontentes com o acordo selado no plano nacional com o PT, setores do PMDB contrários à aliança organizam-se para lançar, amanhã, em Curitiba, o nome do governador do Paraná, Roberto Requião, à disputa presidencial.
Mais do que viabilizar uma candidatura própria, o evento enuncia a insatisfação de uma parcela do PMDB, não conformada em apoiar a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT).
Para o senador Pedro Simon (RS), que confIrmou presença no encontro, lançar o nome de Requião é também uma maneira de forçar o partido a cravar apoios apenas na convenção nacional, em 2010: "Sou um defensor da candidatura própria. Mas, mesmo que apoiemos um candidato, isso precisa passar por uma ampla consulta às bases, o que não está ocorrendo. Essa candidatura é também um ato de contraposição a uma minoria, que está tentando decidir pelo todo, sem o consultar". O encontro não deve contar com pemedebistas que ocupam, hoje, cargos em ministérios e na Executiva.
Sem disputar a Presidência desde 1994, quando o ex-governador paulista Orestes Quércia foi o quarto colocado na disputa, o PMDB tem desde então oferecido o apoio de sua bancada, a maior do Congresso Nacional, a quem estiver no governo. Em 2002, o ex-presidente e então governador de Minas Gerais Itamar Franco, hoje no PPS, tentou lançar-se à disputa, afIrmando, à época, que sua candidatura tinha como objetivo unir o PMDB para mantê-Io longe das "manobras ardilosas" do presidente Fernando Henrique Cardoso, que estaria tentando influir nas decisões partidárias, mantendo o PMDB subordinado. Não conseguiu convencer o partido, deixando a cargo do então presidente do partido, senador Maguito Vilela (GO), a missão de ler, em plenário, uma correspondência sua, onde abdicava da disputa.
Pedro Simon alega que, apesar da hipótese de repetição daquele episódio, a candidatura de Requião poderia movimentar a disputa e a relação de forças quanto a apoios: "O PMDB deve ter candidato no primeiro turno e depois discutir quem apoiará no segundo, é nisso que acredito. O Requião é um nome que esquentaria a campanha. Ele é fã do Lula e argumenta que pode ser o candidato do presidente se for para o segundo turno".
Nove presidentes regionais já confirmaram presença no encontro. Além deles, o ex-ministro Mangabeira Unger, outro defensor da candidatura própria, também estará presente.
Vandson Lima De São Paulo
Descontentes com o acordo selado no plano nacional com o PT, setores do PMDB contrários à aliança organizam-se para lançar, amanhã, em Curitiba, o nome do governador do Paraná, Roberto Requião, à disputa presidencial.
Mais do que viabilizar uma candidatura própria, o evento enuncia a insatisfação de uma parcela do PMDB, não conformada em apoiar a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT).
Para o senador Pedro Simon (RS), que confIrmou presença no encontro, lançar o nome de Requião é também uma maneira de forçar o partido a cravar apoios apenas na convenção nacional, em 2010: "Sou um defensor da candidatura própria. Mas, mesmo que apoiemos um candidato, isso precisa passar por uma ampla consulta às bases, o que não está ocorrendo. Essa candidatura é também um ato de contraposição a uma minoria, que está tentando decidir pelo todo, sem o consultar". O encontro não deve contar com pemedebistas que ocupam, hoje, cargos em ministérios e na Executiva.
Sem disputar a Presidência desde 1994, quando o ex-governador paulista Orestes Quércia foi o quarto colocado na disputa, o PMDB tem desde então oferecido o apoio de sua bancada, a maior do Congresso Nacional, a quem estiver no governo. Em 2002, o ex-presidente e então governador de Minas Gerais Itamar Franco, hoje no PPS, tentou lançar-se à disputa, afIrmando, à época, que sua candidatura tinha como objetivo unir o PMDB para mantê-Io longe das "manobras ardilosas" do presidente Fernando Henrique Cardoso, que estaria tentando influir nas decisões partidárias, mantendo o PMDB subordinado. Não conseguiu convencer o partido, deixando a cargo do então presidente do partido, senador Maguito Vilela (GO), a missão de ler, em plenário, uma correspondência sua, onde abdicava da disputa.
Pedro Simon alega que, apesar da hipótese de repetição daquele episódio, a candidatura de Requião poderia movimentar a disputa e a relação de forças quanto a apoios: "O PMDB deve ter candidato no primeiro turno e depois discutir quem apoiará no segundo, é nisso que acredito. O Requião é um nome que esquentaria a campanha. Ele é fã do Lula e argumenta que pode ser o candidato do presidente se for para o segundo turno".
Nove presidentes regionais já confirmaram presença no encontro. Além deles, o ex-ministro Mangabeira Unger, outro defensor da candidatura própria, também estará presente.
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