DEU EM O GLOBO
Para cientista político, Dilma "trocou de trincheira" sobre clima
SÃO PAULO. O Greenpeace, umas das principais entidades internacionais de defesa do meio ambiente, comemora que a preservação do planeta esteja entre os temas tratados pelos pré-candidatos à Presidência, mas avalia que entre o discurso e a prática há um longo caminho.
— Estamos vendo a questão ambiental ser objeto de promessas.
Se essas promessas vão se transformar em realidade, é a mesma cobrança que se faz em relação a segurança, saúde e educação. É um atestado da maioridade do tema. Os ambientalistas e o Greenpeace veem isso como positivo. É sinal de que o assunto finalmente está na agenda concreta do país — disse Sérgio Leitão, diretor de campanhas do Greenpeace.
Para ele, foi o lançamento da candidatura de Marina Silva que pôs o tema em debate: — Não é à toa que o Serra transformou a sanção da lei (paulista) de mudanças climáticas num espetáculo. Também não é à toa que Dilma está indo para Copenhague presidir a delegação brasileira, e passou a se interessar pelo tema.
O cientista político Rubens Figueiredo avalia que a ministra Dilma trocou de trincheira no debate sobre o clima: — Até Dilma começou a falar em meio ambiente. Entre o meio ambiente e uma obra, ela ficava com a obra. Chegou a reclamar que (preocupações ambientais) atrapalhavam o PAC.
Para Figueiredo, o fator Marina pode repetir um fenômeno semelhante ao que aconteceu com a educação na campanha presidencial de 2006.
— Você tem uma candidata (Marina) muito identificada com meio ambiente. Ela traz o tema para agenda, como o Cristovam Buarque fez todo mundo discutir educação (em 2006).
Marina, no entanto, descarta ocupar esse papel em 2010: “Uma candidatura identificada com o tema pode ajudar a elevar o padrão da discussão. Mas não considero a possibilidade de me candidatar apenas para pôr a questão ambiental em debate”, disse ela, por e-mail.
Mas os especialistas ainda têm dúvidas sobre o peso que o eleitor dará para o assunto: — Acredito que uma pequena parcela de eleitores esteja atenta ao tema— diz Fernando Abrucio, professor da FGV.
Cláudio Couto concorda: — A questão ambiental ainda é um tema da elite. Não creio que seja de domínio de grande parte do eleitorado.
Para cientista político, Dilma "trocou de trincheira" sobre clima
SÃO PAULO. O Greenpeace, umas das principais entidades internacionais de defesa do meio ambiente, comemora que a preservação do planeta esteja entre os temas tratados pelos pré-candidatos à Presidência, mas avalia que entre o discurso e a prática há um longo caminho.
— Estamos vendo a questão ambiental ser objeto de promessas.
Se essas promessas vão se transformar em realidade, é a mesma cobrança que se faz em relação a segurança, saúde e educação. É um atestado da maioridade do tema. Os ambientalistas e o Greenpeace veem isso como positivo. É sinal de que o assunto finalmente está na agenda concreta do país — disse Sérgio Leitão, diretor de campanhas do Greenpeace.
Para ele, foi o lançamento da candidatura de Marina Silva que pôs o tema em debate: — Não é à toa que o Serra transformou a sanção da lei (paulista) de mudanças climáticas num espetáculo. Também não é à toa que Dilma está indo para Copenhague presidir a delegação brasileira, e passou a se interessar pelo tema.
O cientista político Rubens Figueiredo avalia que a ministra Dilma trocou de trincheira no debate sobre o clima: — Até Dilma começou a falar em meio ambiente. Entre o meio ambiente e uma obra, ela ficava com a obra. Chegou a reclamar que (preocupações ambientais) atrapalhavam o PAC.
Para Figueiredo, o fator Marina pode repetir um fenômeno semelhante ao que aconteceu com a educação na campanha presidencial de 2006.
— Você tem uma candidata (Marina) muito identificada com meio ambiente. Ela traz o tema para agenda, como o Cristovam Buarque fez todo mundo discutir educação (em 2006).
Marina, no entanto, descarta ocupar esse papel em 2010: “Uma candidatura identificada com o tema pode ajudar a elevar o padrão da discussão. Mas não considero a possibilidade de me candidatar apenas para pôr a questão ambiental em debate”, disse ela, por e-mail.
Mas os especialistas ainda têm dúvidas sobre o peso que o eleitor dará para o assunto: — Acredito que uma pequena parcela de eleitores esteja atenta ao tema— diz Fernando Abrucio, professor da FGV.
Cláudio Couto concorda: — A questão ambiental ainda é um tema da elite. Não creio que seja de domínio de grande parte do eleitorado.
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