DEU NA FOLHA DE S. PAULO
São Paulo - Entre a pesquisa Datafolha de meados de agosto e a publicada anteontem, Dilma Rousseff (PT) aparece, no cenário mais provável, com sete pontos a mais: tinha 16%, agora tem 23%. Marina Silva (PV) também ganhou cinco pontos entre uma pesquisa e outra: tinha 3%, passou a contar com 8%.
Os 12 pontos que, juntas, Dilma e Marina ganharam são os mesmos 12% que Heloísa Helena tinha em agosto. Ela foi retirada da pesquisa atual porque anunciou que pretende disputar o Senado -o PSOL, seu partido, negocia apoio a Marina.
Como Serra (PSDB) ficou onde estava, na casa dos 37%, e Ciro (PSB) oscilou dois pontos negativamente, pode-se dizer que Dilma e Marina herdaram os votos de HH. É o que pensa, por exemplo, o diretor do Datafolha, Mauro Paulino.
De cada dez votos que estavam sendo depositados em HH, seis foram parar na cesta de Dilma, outros quatro na de Marina. Ou seja, a opção de esquerda representada pela candidata do PSOL se dividiu entre o retorno ao "ninho petista", abandonado lá atrás por Heloísa Helena, e a nova dissidência do PT, de estilo mais suave, que Marina vocaliza.
A sucessão se encontra ainda na fase da "acumulação primitiva". As coisas, porém, começam a se desenhar no horizonte. O Datafolha capta, pela primeira vez, a polarização tão anunciada entre PSDB e PT.
Marina e Ciro devem ser mesmo coadjuvantes nesse jogo, mas não da mesma maneira. A primeira, identificada com a "energia limpa" num ambiente poluído pela corrupção, tende a ser a opção do voto progressista marcado pela insatisfação moral. É provável que ainda cresça.
Ciro é diferente. Sua candidatura, estrangulada por Lula, vai se desidratando. Hoje, ele se encontra reduzido a um soldado de reserva do governo que eventualmente pode ser mobilizado para impedir a vitória de Serra no primeiro turno. Para quem imaginava ser uma opção real de poder, encarnando uma espécie de terceira via infiltrada entre PT e PSDB, é um destino um pouco triste, do qual parece difícil resgatá-lo.
São Paulo - Entre a pesquisa Datafolha de meados de agosto e a publicada anteontem, Dilma Rousseff (PT) aparece, no cenário mais provável, com sete pontos a mais: tinha 16%, agora tem 23%. Marina Silva (PV) também ganhou cinco pontos entre uma pesquisa e outra: tinha 3%, passou a contar com 8%.
Os 12 pontos que, juntas, Dilma e Marina ganharam são os mesmos 12% que Heloísa Helena tinha em agosto. Ela foi retirada da pesquisa atual porque anunciou que pretende disputar o Senado -o PSOL, seu partido, negocia apoio a Marina.
Como Serra (PSDB) ficou onde estava, na casa dos 37%, e Ciro (PSB) oscilou dois pontos negativamente, pode-se dizer que Dilma e Marina herdaram os votos de HH. É o que pensa, por exemplo, o diretor do Datafolha, Mauro Paulino.
De cada dez votos que estavam sendo depositados em HH, seis foram parar na cesta de Dilma, outros quatro na de Marina. Ou seja, a opção de esquerda representada pela candidata do PSOL se dividiu entre o retorno ao "ninho petista", abandonado lá atrás por Heloísa Helena, e a nova dissidência do PT, de estilo mais suave, que Marina vocaliza.
A sucessão se encontra ainda na fase da "acumulação primitiva". As coisas, porém, começam a se desenhar no horizonte. O Datafolha capta, pela primeira vez, a polarização tão anunciada entre PSDB e PT.
Marina e Ciro devem ser mesmo coadjuvantes nesse jogo, mas não da mesma maneira. A primeira, identificada com a "energia limpa" num ambiente poluído pela corrupção, tende a ser a opção do voto progressista marcado pela insatisfação moral. É provável que ainda cresça.
Ciro é diferente. Sua candidatura, estrangulada por Lula, vai se desidratando. Hoje, ele se encontra reduzido a um soldado de reserva do governo que eventualmente pode ser mobilizado para impedir a vitória de Serra no primeiro turno. Para quem imaginava ser uma opção real de poder, encarnando uma espécie de terceira via infiltrada entre PT e PSDB, é um destino um pouco triste, do qual parece difícil resgatá-lo.
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