DEU EM O GLOBO
Serra rebate Lula, mas diz não falar de possível chapa puro-sangue com Aécio; PT também reage
Wagner Gomes e Germano Oliveira
SÃO PAULO. O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), discordou do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que é possível, sim, escalar dois grandes craques no mesmo time. Ao ser perguntado sobre a frase de Lula, que minimizou a possibilidade de uma chapa com Serra e o também tucano Aécio Neves para disputar a Presidência, Serra disse: — Quando um jogador é muito bom, dá para duplicar. Encontra-se um jeito de se arrumar no campo.
Serra negou que estivesse falando sobre política ou sobre uma chapa puro-sangue com Aécio.
Disse apenas que é possível se pensar em duas pessoas muito boas trabalhando na mesma chapa.
Semana passada, o mineiro anunciou oficialmente que desistiu de disputar com o governador de São Paulo a indicação do PSDB para ser o candidato à Presidência. Aécio também tem descartado a proposta de ser vice de Serra.
Sem adiantar o assunto, o governador contou que é possível que se encontre com Lula amanhã em São Paulo. Serra participou da abertura da Conferência Internacional sobre Direitos Humanos, na capital paulista. Ele disse que o desafio é manter a política de direitos humanos avançando. Ele afirmou que tem orientado a polícia paulista para ter firmeza no combate ao crime, mas também respeito aos direitos individuais.
Também o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), rebateu ontem o presidente Lula, que, apesar de dizer que o PT de São Paulo tem muito cacique e por isso não se meteria em suas decisões, afirmou que a legenda comete muitos erros sobre as alianças para sustentar suas candidaturas no estado.
— O PT de São Paulo tem mesmo muito cacique, mas também tem muito índio. O PT de São Paulo tem 60 prefeitos, 20 deputados federais, 20 estaduais, dois senadores. O partido em São Paulo tem muitas contradições, mas está alinhado com Lula na escolha das alianças. O problema é que muitas vezes as alianças imaginadas para o estado não foram possíveis de serem viabilizadas — disse Berzoini.
Segundo o presidente do PT, Lula fez uma “reflexão” ao dizer que o partido em São Paulo comete erros, ao imaginar coligações apenas com a esquerda, o que dá uma soma de zero com zero: — Essa é uma reflexão do presidente e ele, como qualquer petista, pode fazer suas reflexões. Tem gente no partido que pensa como Lula e tem gente que não. Acho que o PT de São Paulo sempre teve os melhores candidatos dentro das circunstâncias.
Já teve como candidato a governador o senador Suplicy, o Plínio de Arruda Sampaio, o José Dirceu, a Marta Suplicy, o Genoino e o Mercadante. Sempre gente ligada ao presidente e que teve o apoio de Lula. Na época ninguém se opôs a essas candidaturas, e reflexão a posteriori é mais fácil
Serra rebate Lula, mas diz não falar de possível chapa puro-sangue com Aécio; PT também reage
Wagner Gomes e Germano Oliveira
SÃO PAULO. O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), discordou do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que é possível, sim, escalar dois grandes craques no mesmo time. Ao ser perguntado sobre a frase de Lula, que minimizou a possibilidade de uma chapa com Serra e o também tucano Aécio Neves para disputar a Presidência, Serra disse: — Quando um jogador é muito bom, dá para duplicar. Encontra-se um jeito de se arrumar no campo.
Serra negou que estivesse falando sobre política ou sobre uma chapa puro-sangue com Aécio.
Disse apenas que é possível se pensar em duas pessoas muito boas trabalhando na mesma chapa.
Semana passada, o mineiro anunciou oficialmente que desistiu de disputar com o governador de São Paulo a indicação do PSDB para ser o candidato à Presidência. Aécio também tem descartado a proposta de ser vice de Serra.
Sem adiantar o assunto, o governador contou que é possível que se encontre com Lula amanhã em São Paulo. Serra participou da abertura da Conferência Internacional sobre Direitos Humanos, na capital paulista. Ele disse que o desafio é manter a política de direitos humanos avançando. Ele afirmou que tem orientado a polícia paulista para ter firmeza no combate ao crime, mas também respeito aos direitos individuais.
Também o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), rebateu ontem o presidente Lula, que, apesar de dizer que o PT de São Paulo tem muito cacique e por isso não se meteria em suas decisões, afirmou que a legenda comete muitos erros sobre as alianças para sustentar suas candidaturas no estado.
— O PT de São Paulo tem mesmo muito cacique, mas também tem muito índio. O PT de São Paulo tem 60 prefeitos, 20 deputados federais, 20 estaduais, dois senadores. O partido em São Paulo tem muitas contradições, mas está alinhado com Lula na escolha das alianças. O problema é que muitas vezes as alianças imaginadas para o estado não foram possíveis de serem viabilizadas — disse Berzoini.
Segundo o presidente do PT, Lula fez uma “reflexão” ao dizer que o partido em São Paulo comete erros, ao imaginar coligações apenas com a esquerda, o que dá uma soma de zero com zero: — Essa é uma reflexão do presidente e ele, como qualquer petista, pode fazer suas reflexões. Tem gente no partido que pensa como Lula e tem gente que não. Acho que o PT de São Paulo sempre teve os melhores candidatos dentro das circunstâncias.
Já teve como candidato a governador o senador Suplicy, o Plínio de Arruda Sampaio, o José Dirceu, a Marta Suplicy, o Genoino e o Mercadante. Sempre gente ligada ao presidente e que teve o apoio de Lula. Na época ninguém se opôs a essas candidaturas, e reflexão a posteriori é mais fácil
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