DEU EM O GLOBO
Ordem no Planalto agora é evitar que Lula inaugure obras não concluídas
Luiza Damé
BRASÍLIA. O Palácio do Planalto será mais criterioso na elaboração da agenda de inaugurações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo país afora. A ordem, repassada aos principais auxiliares e à Esplanada dos Ministérios, é vistoriar in loco os projetos, antes, para evitar que Lula seja exposto à situação ridícula de inaugurar obras não concluídas ou com problemas. Foi o próprio presidente quem reclamou, no dia do lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2), do convite para inaugurar uma fábrica de dormentes em Salgueiro (PE) que não estava pronta.
Não temos motivo para expor o presidente a uma situação ridícula (inaugurar obra pela metade). O presidente não precisa inaugurar obra inacabada.
Temos muita obra sendo feita neste país confirmou um ministro.
No início deste ano, Lula enfrentou manifestação de estudantes na inauguração do campus avançado da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, em Teófilo Otoni (MG). Dos dez prédios previstos, somente dois tinham sido concluídos até o evento, cinco ainda estão em construção e três sequer tinham saído do papel. A previsão é que as obras sejam concluídas até o fim de 2012, ao custo de R$ 25,1 milhões.
No lançamento do PAC-2, dia 29 de março, Lula anunciou o cancelamento da visita às obras da ferrovia Transnordestina, na véspera da viagem, porque a fábrica de dormentes não estava pronta para inaugurar. No início deste ano, o presidente já havia cancelado uma extensa agenda no Piauí, que incluía Guaribas, porque nem a estrada de acesso ao município havia sido feita, e ele não teria o que mostrar no evento.
Eu ia amanhã para a Transnordestina, para inaugurar a fábrica de dormentes, a maior do mundo, e a fábrica de brita que, sozinha, vai produzir mais brita que as 40 que tem em São Paulo. E não vamos porque não está pronta. Esse compromisso foi feito comigo em janeiro!. Em janeiro! E não está pronta reclamou Lula, naquele dia.
Nas agendas pelo país, Lula já visitou e inaugurou obras com problemas detectados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), incluindo superfaturamento de preços.
O governo ainda diz ver decisões politizadas no tribunal, mas reconhece que, nos últimos meses, as relações com o TCU melhoraram. O tribunal, que agora abriga uma representação da Advocacia Geral da União (AGU), tem atendido aos pedidos do Palácio do Planalto para dar prioridade a procedimentos envolvendo determinadas obras, especialmente às do PAC, e acatado esclarecimentos do governo.
Ordem no Planalto agora é evitar que Lula inaugure obras não concluídas
Luiza Damé
BRASÍLIA. O Palácio do Planalto será mais criterioso na elaboração da agenda de inaugurações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo país afora. A ordem, repassada aos principais auxiliares e à Esplanada dos Ministérios, é vistoriar in loco os projetos, antes, para evitar que Lula seja exposto à situação ridícula de inaugurar obras não concluídas ou com problemas. Foi o próprio presidente quem reclamou, no dia do lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2), do convite para inaugurar uma fábrica de dormentes em Salgueiro (PE) que não estava pronta.
Não temos motivo para expor o presidente a uma situação ridícula (inaugurar obra pela metade). O presidente não precisa inaugurar obra inacabada.
Temos muita obra sendo feita neste país confirmou um ministro.
No início deste ano, Lula enfrentou manifestação de estudantes na inauguração do campus avançado da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, em Teófilo Otoni (MG). Dos dez prédios previstos, somente dois tinham sido concluídos até o evento, cinco ainda estão em construção e três sequer tinham saído do papel. A previsão é que as obras sejam concluídas até o fim de 2012, ao custo de R$ 25,1 milhões.
No lançamento do PAC-2, dia 29 de março, Lula anunciou o cancelamento da visita às obras da ferrovia Transnordestina, na véspera da viagem, porque a fábrica de dormentes não estava pronta para inaugurar. No início deste ano, o presidente já havia cancelado uma extensa agenda no Piauí, que incluía Guaribas, porque nem a estrada de acesso ao município havia sido feita, e ele não teria o que mostrar no evento.
Eu ia amanhã para a Transnordestina, para inaugurar a fábrica de dormentes, a maior do mundo, e a fábrica de brita que, sozinha, vai produzir mais brita que as 40 que tem em São Paulo. E não vamos porque não está pronta. Esse compromisso foi feito comigo em janeiro!. Em janeiro! E não está pronta reclamou Lula, naquele dia.
Nas agendas pelo país, Lula já visitou e inaugurou obras com problemas detectados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), incluindo superfaturamento de preços.
O governo ainda diz ver decisões politizadas no tribunal, mas reconhece que, nos últimos meses, as relações com o TCU melhoraram. O tribunal, que agora abriga uma representação da Advocacia Geral da União (AGU), tem atendido aos pedidos do Palácio do Planalto para dar prioridade a procedimentos envolvendo determinadas obras, especialmente às do PAC, e acatado esclarecimentos do governo.
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