DEU NO JORNAL DO COMMERCIO (PE)
Seguindo estratégia definida pelos líderes do PSDB, DEM e PPS, presidenciável tucano irá abordar temas regionais, como o esvaziamento da estatal
O esvaziamento da Companhia Hidro Elétrica de São Francisco (Chesf) em Pernambuco será um dos temas regionais que o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, absorverá no seu discurso. A ideia é que o tucano, que já tem a pecha (veemente negada por ele) de não gostar do Nordeste, não se prenda a uma agenda nacional e diversifique sua fala, tentando aproximação com todas as regiões do País. O assunto entrou na pauta do comando da campanha de Serra (líderes do PSDB, DEM e PPS), que se reuniu terça-feira em São Paulo. Também foi proposta a criação de uma frente parlamentar com agenda e discurso afinados para que todos “falem a mesma língua”.
Serra não participou da reunião, pois dedicou o dia a conceder entrevistas a emissoras de rádio, como tem feito para se apresentar como presidenciável ao País. O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, presente no encontro, levantou o tema da Chesf, colocando como exemplo de como é possível desdobrar problemas regionais dando foco nacional. Guerra, coordenador-geral da campanha de José Serra, contou que a reunião foi convocada pela equipe de comunicação da campanha do presidenciável. O senador, assim como os colegas Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Marco Maciel (DEM), já se pronunciaram contra o desmonte da Chesf, a partir de mudanças patrocinadas pelo governo Lula.
O presidente do PPS, Roberto Freire, adiantou que o mote do discurso de Serra será a “má gestão do sistema elétrico brasileiro”. “A Chesf vai experimentar mudanças que não serão para melhor. Acham que o governo Lula é muito bom para Pernambuco, mas o esvaziamento da Chesf é um exemplo do descuido dessa gestão do PT. Dilma é boa gerente? É nada! É péssima! Esse setor era da dona Dilma”, disse Freire, ao JC, ontem, referindo-se à presidenciável o PT, Dilma Rousseff, que foi ministra de Minas e Energia, antes de ocupar a Casa Civil.
José Serra já demonstrou publicamente o desejo de discutir o setor elétrico com sua principal adversária nesta eleição. Ele chegou a cogitar falar da Chesf no seu discurso de lançamento da pré-candidatura, sábado passado, em Brasília. Mas recuou para não ser acusado de oportunista. Curiosamente, o mesmo PSDB que defende hoje o fortalecimento da Chesf tentou privatizá-la no segundo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP). Não conseguiu por causa de uma reação suprapartidária que envolveu os ex-governadores Miguel Arraes (PSB) e Roberto Magalhães e até, nos bastidores, o vice-presidente Marco Maciel (DEM). A oposição em Pernambuco, em recente protesto que realizou no Recife, apelidou Dilma de “madrasta da Chesf”. Ontem, o governador Eduardo Campos (PSB) recebeu o ministro das Minas e Energias, Márcio Zimmermann, no Palácio das Princesas. O ministro foi sabatinado em reunião do Cedes. Eduardo criticou, pela primeira vez, o processo de reestruturação do setor elétrico brasileiro, que está tirando a autonomia da Chesf.
Seguindo estratégia definida pelos líderes do PSDB, DEM e PPS, presidenciável tucano irá abordar temas regionais, como o esvaziamento da estatal
O esvaziamento da Companhia Hidro Elétrica de São Francisco (Chesf) em Pernambuco será um dos temas regionais que o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, absorverá no seu discurso. A ideia é que o tucano, que já tem a pecha (veemente negada por ele) de não gostar do Nordeste, não se prenda a uma agenda nacional e diversifique sua fala, tentando aproximação com todas as regiões do País. O assunto entrou na pauta do comando da campanha de Serra (líderes do PSDB, DEM e PPS), que se reuniu terça-feira em São Paulo. Também foi proposta a criação de uma frente parlamentar com agenda e discurso afinados para que todos “falem a mesma língua”.
Serra não participou da reunião, pois dedicou o dia a conceder entrevistas a emissoras de rádio, como tem feito para se apresentar como presidenciável ao País. O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, presente no encontro, levantou o tema da Chesf, colocando como exemplo de como é possível desdobrar problemas regionais dando foco nacional. Guerra, coordenador-geral da campanha de José Serra, contou que a reunião foi convocada pela equipe de comunicação da campanha do presidenciável. O senador, assim como os colegas Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Marco Maciel (DEM), já se pronunciaram contra o desmonte da Chesf, a partir de mudanças patrocinadas pelo governo Lula.
O presidente do PPS, Roberto Freire, adiantou que o mote do discurso de Serra será a “má gestão do sistema elétrico brasileiro”. “A Chesf vai experimentar mudanças que não serão para melhor. Acham que o governo Lula é muito bom para Pernambuco, mas o esvaziamento da Chesf é um exemplo do descuido dessa gestão do PT. Dilma é boa gerente? É nada! É péssima! Esse setor era da dona Dilma”, disse Freire, ao JC, ontem, referindo-se à presidenciável o PT, Dilma Rousseff, que foi ministra de Minas e Energia, antes de ocupar a Casa Civil.
José Serra já demonstrou publicamente o desejo de discutir o setor elétrico com sua principal adversária nesta eleição. Ele chegou a cogitar falar da Chesf no seu discurso de lançamento da pré-candidatura, sábado passado, em Brasília. Mas recuou para não ser acusado de oportunista. Curiosamente, o mesmo PSDB que defende hoje o fortalecimento da Chesf tentou privatizá-la no segundo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP). Não conseguiu por causa de uma reação suprapartidária que envolveu os ex-governadores Miguel Arraes (PSB) e Roberto Magalhães e até, nos bastidores, o vice-presidente Marco Maciel (DEM). A oposição em Pernambuco, em recente protesto que realizou no Recife, apelidou Dilma de “madrasta da Chesf”. Ontem, o governador Eduardo Campos (PSB) recebeu o ministro das Minas e Energias, Márcio Zimmermann, no Palácio das Princesas. O ministro foi sabatinado em reunião do Cedes. Eduardo criticou, pela primeira vez, o processo de reestruturação do setor elétrico brasileiro, que está tirando a autonomia da Chesf.
ELOGIOS
Ontem, em visita a Salvador (a primeira oficial como pré-candidato), Serra elogiou o governo Lula. Questionado se o presidente fez coisas boas em sua administração, o tucano respondeu:
“Sem dúvida, sem dúvida. Por exemplo, na época do enfrentamento da crise econômica. O governo foi bastante ágil”, afirmou Serra, que citou ainda a “consolidação de várias transferências de renda, de auxílios”. “No Bolsa Família foi um avanço. Aliás, eu quero dizer que o Bolsa Família, na minha perspectiva, deve ser reforçado.” Serra negou que estivesse fazendo uma viagem “política” a Salvador. Mesmo assim, teve agenda de candidato.
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