“ É este o fundamento da crítica irreligiosa: o homem faz a religião a religião não faz o homem. E a religião é de fato a autoconsciência e o sentimento de si do homem, que ou não se encontrou ainda ou voltou a se perder. Mas o homem não é um ser abstrato, acocorado fora do mundo. O homem é o mundo do homem, o Estado, a sociedade. Este Estado e esta sociedade produzem a religião, uma consciência invertida do mundo, porque eles são um mundo invertido. A religião é a teoria geral deste mundo, o seu resumo enciclopédico, a sua lógica em forma popular, o seu point d’honneur espiritualista, o seu entusiasmo, a sua sanção moral, o seu complemento solene, a sua base geral de consolação e de justificação. É a realização fantástica da essência humana, porque a essência humana não possui verdadeira realidade. Por conseguinte, a luta contra a religião e, indiretamente, a luta contra aquele mundo cujo aroma espiritual é a religião. “
(Karl Marx, “Crítica da Filosofia do Direito de Hegel”, Introdução, 1843, Pag. 145 – Boitempo Editorial, São Paulo, 2005)
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