DEU NA FOLHA DE S. PAULO
BRASÍLIA - A eleição em Minas está como os mineiros gostam: dissimulada, cheia de brechas para variadas interpretações. Pelo que se lê, as sabatinas com os dois principais candidatos, Hélio Costa, do PMDB, e Antonio Anastasia, do PSDB, só reforçaram isso.
Ontem, Costa, que tem apoio de Lula e Dilma, foi pouco político ao falar que, depois das quedas de Dirceu e Palocci, Aécio só não foi candidato de Lula porque não quis. Dedução: foi Dilma porque não havia mais ninguém. É verdade, mas isso é lá coisa que aliado diga?
Anteontem, Anastasia não se saiu melhor ao falar sobre Aécio na disputa presidencial:
"Tenho certeza de que Serra está percebendo o nosso esforço", declarou, burocraticamente. Isso é tom de aliado convicto ou compulsório?
Faltaram a Hélio Costa e a Anastasia emoção e adjetivos típicos de campanha para falar de seus candidatos. Costa poderia dizer que Dilma é fantástica; Anastasia, que Serra é o mais preparado do planeta. Coisas assim, digamos, de quem dá o sangue pela vitória.
A relação de dependência de Dilma com Lula se reproduz, em Minas, na de Anastasia com Aécio e na de Costa com o PT: Dilma não iria a lugar nenhum sem Lula, Anastasia ficaria na universidade sem Aécio, Costa não teria chance sem a militância petista.
Ao apostarem tudo em Dilma e Costa, Lula e o PT cutucaram a onça com vara curta: a Aécio, só resta afiar as garras para defender tanto Anastasia quanto Serra. É a opção que ele tem, mesmo depois de jogar fora a vaga de vice de Serra e a dobradinha São Paulo-Minas.
Um dado curioso nessa selva, segundo o tucano Eduardo Azeredo, foi o comício de Dilma em Belo Horizonte. Lula já mobilizou multidões apaixonadas ali em outras épocas, mas, desta vez, fala-se em apenas 5.000 pessoas. Detalhe: quem encerrou o comício foi Lula, não a candidata. Como a gente sabe, os detalhes dizem muita coisa.
BRASÍLIA - A eleição em Minas está como os mineiros gostam: dissimulada, cheia de brechas para variadas interpretações. Pelo que se lê, as sabatinas com os dois principais candidatos, Hélio Costa, do PMDB, e Antonio Anastasia, do PSDB, só reforçaram isso.
Ontem, Costa, que tem apoio de Lula e Dilma, foi pouco político ao falar que, depois das quedas de Dirceu e Palocci, Aécio só não foi candidato de Lula porque não quis. Dedução: foi Dilma porque não havia mais ninguém. É verdade, mas isso é lá coisa que aliado diga?
Anteontem, Anastasia não se saiu melhor ao falar sobre Aécio na disputa presidencial:
"Tenho certeza de que Serra está percebendo o nosso esforço", declarou, burocraticamente. Isso é tom de aliado convicto ou compulsório?
Faltaram a Hélio Costa e a Anastasia emoção e adjetivos típicos de campanha para falar de seus candidatos. Costa poderia dizer que Dilma é fantástica; Anastasia, que Serra é o mais preparado do planeta. Coisas assim, digamos, de quem dá o sangue pela vitória.
A relação de dependência de Dilma com Lula se reproduz, em Minas, na de Anastasia com Aécio e na de Costa com o PT: Dilma não iria a lugar nenhum sem Lula, Anastasia ficaria na universidade sem Aécio, Costa não teria chance sem a militância petista.
Ao apostarem tudo em Dilma e Costa, Lula e o PT cutucaram a onça com vara curta: a Aécio, só resta afiar as garras para defender tanto Anastasia quanto Serra. É a opção que ele tem, mesmo depois de jogar fora a vaga de vice de Serra e a dobradinha São Paulo-Minas.
Um dado curioso nessa selva, segundo o tucano Eduardo Azeredo, foi o comício de Dilma em Belo Horizonte. Lula já mobilizou multidões apaixonadas ali em outras épocas, mas, desta vez, fala-se em apenas 5.000 pessoas. Detalhe: quem encerrou o comício foi Lula, não a candidata. Como a gente sabe, os detalhes dizem muita coisa.
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