DEU EM O GLOBO
Aécio afirma que Anastasia vencerá no 1º turno e alavancará Serra em Minas
Após duas carreatas ao lado de seu candidato ao governo de Minas, o tucano Antonio Anastasia, o ex-governador Aécio Neves não escondia, na segunda-feira à noite, os sinais de cansaço depois de mais um dia de campanha intensa. Durante o voo entre Uberlândia e Belo Horizonte, Aécio admitiu, em entrevista ao GLOBO, que nunca se empenhou tanto numa campanha como na deste ano. Ele aposta na vitória em primeiro turno de Anastasia e numa virada que alavanque também a candidatura José Serra a presidente em Minas.
Adriana Vasconcelos
Dá para virar em Minas?
AÉCIO NEVES: Ganhamos a eleição com o Anastasia no primeiro turno. Estou otimista em relação ao Serra também. Especialmente com o início do horário eleitoral na TV, vai ficar claro aquilo que ainda não está, que há dois projetos que não têm a menor identidade um com o outro. O Anastasia representa a continuidade de um governo que prioriza o planejamento, os resultados. O outro traz consigo uma série de figuras públicas das quais Minas não tem saudade.
O que será mais difícil, virar o jogo para Anastasia ou para Serra?
AÉCIO: Uma coisa caminhará na sequência da outra. O crescimento de Anastasia em Minas favorecerá o Serra. Aqui será sempre uma eleição dura em nível nacional, mas tenho confiança de que o crescimento de Anastasia alavancará o de Serra. É importante fazer esse link com a campanha nacional e estamos fazendo esse esforço. Está muito claro que é bom para as duas partes. É bom para o Anastasia, é bom para o Serra, esse link.
O senhor vai participar do programa de TV de Serra?
AÉCIO: Estou à disposição. Fiz uma primeira gravação na semana passada, falei sobre a importância da eleição do Serra para Minas e o Brasil. Parte do programa deveria ser focada nos problemas regionais. O que se fala para São Paulo não atende a quem está em Alagoas ou no Vale do Jequitinhonha.
Qual sua avaliação da campanha de Serra?
AÉCIO: Começou com desencontros, um pouco centralizada demais. Mas está havendo um processo de abertura, de ampliação, democratização maior das decisões.
O que fazer para reverter o quadro, hoje favorável a Dilma?
AÉCIO: Nossos adversários talvez esperassem uma dianteira muito maior do que está havendo. O Serra, do ponto de vista do esforço pessoal, tem sido muito dedicado. Ele tem feito esforço enorme para viajar e conversar com as pessoas. Talvez tenhamos falhado ao longo da campanha na operacionalização. Também é preciso que haja uma atenção maior com os aliados, para que eles se mantenham envolvidos na campanha.
Não há temor em relação ao impacto da presença do presidente Lula no programa de TV de Dilma?
AÉCIO: O maior risco é o presidente se sobrepor demais a Dilma. E colocá-la num plano secundário pode ser um risco. O eleitor sabe que não vai votar no Lula. O apoio dele ajuda, mas não acredito que seja decisivo, como não é o meu aqui. A transferência de votos é relativa. O governante bem avaliado chama atenção para o candidato, mas não tem poder de decidir, se o candidato não demonstrar sua capacidade de governar o país e o estado.
A expectativa, a esta altura, não era de uma vantagem menor de Costa na disputa com Anastasia?
AÉCIO: Vamos chegar no início do horário eleitoral com curva ascendente e eles, com descendente. Mais de 60% não sabem que Anastasia tem meu apoio. Há dois anos, Lula está todo dia com Dilma no "Jornal Nacional". Nunca aparecemos para dizer que Anastasia é meu candidato. Os instrumentos do governo federal para fazer o link e popularizar seu candidato, não temos em nível local.
Qual o peso do ex-prefeito Patrus Ananias na chapa de Hélio Costa e a influência de Lula no estado?
AÉCIO: O PT se mobilizou nas duas últimas vezes com candidato próprio e perdeu para nós no primeiro turno. Não me assusta. A eleição não será disputa de pessoas, mas de projetos.
Aécio afirma que Anastasia vencerá no 1º turno e alavancará Serra em Minas
Após duas carreatas ao lado de seu candidato ao governo de Minas, o tucano Antonio Anastasia, o ex-governador Aécio Neves não escondia, na segunda-feira à noite, os sinais de cansaço depois de mais um dia de campanha intensa. Durante o voo entre Uberlândia e Belo Horizonte, Aécio admitiu, em entrevista ao GLOBO, que nunca se empenhou tanto numa campanha como na deste ano. Ele aposta na vitória em primeiro turno de Anastasia e numa virada que alavanque também a candidatura José Serra a presidente em Minas.
Adriana Vasconcelos
Dá para virar em Minas?
AÉCIO NEVES: Ganhamos a eleição com o Anastasia no primeiro turno. Estou otimista em relação ao Serra também. Especialmente com o início do horário eleitoral na TV, vai ficar claro aquilo que ainda não está, que há dois projetos que não têm a menor identidade um com o outro. O Anastasia representa a continuidade de um governo que prioriza o planejamento, os resultados. O outro traz consigo uma série de figuras públicas das quais Minas não tem saudade.
O que será mais difícil, virar o jogo para Anastasia ou para Serra?
AÉCIO: Uma coisa caminhará na sequência da outra. O crescimento de Anastasia em Minas favorecerá o Serra. Aqui será sempre uma eleição dura em nível nacional, mas tenho confiança de que o crescimento de Anastasia alavancará o de Serra. É importante fazer esse link com a campanha nacional e estamos fazendo esse esforço. Está muito claro que é bom para as duas partes. É bom para o Anastasia, é bom para o Serra, esse link.
O senhor vai participar do programa de TV de Serra?
AÉCIO: Estou à disposição. Fiz uma primeira gravação na semana passada, falei sobre a importância da eleição do Serra para Minas e o Brasil. Parte do programa deveria ser focada nos problemas regionais. O que se fala para São Paulo não atende a quem está em Alagoas ou no Vale do Jequitinhonha.
Qual sua avaliação da campanha de Serra?
AÉCIO: Começou com desencontros, um pouco centralizada demais. Mas está havendo um processo de abertura, de ampliação, democratização maior das decisões.
O que fazer para reverter o quadro, hoje favorável a Dilma?
AÉCIO: Nossos adversários talvez esperassem uma dianteira muito maior do que está havendo. O Serra, do ponto de vista do esforço pessoal, tem sido muito dedicado. Ele tem feito esforço enorme para viajar e conversar com as pessoas. Talvez tenhamos falhado ao longo da campanha na operacionalização. Também é preciso que haja uma atenção maior com os aliados, para que eles se mantenham envolvidos na campanha.
Não há temor em relação ao impacto da presença do presidente Lula no programa de TV de Dilma?
AÉCIO: O maior risco é o presidente se sobrepor demais a Dilma. E colocá-la num plano secundário pode ser um risco. O eleitor sabe que não vai votar no Lula. O apoio dele ajuda, mas não acredito que seja decisivo, como não é o meu aqui. A transferência de votos é relativa. O governante bem avaliado chama atenção para o candidato, mas não tem poder de decidir, se o candidato não demonstrar sua capacidade de governar o país e o estado.
A expectativa, a esta altura, não era de uma vantagem menor de Costa na disputa com Anastasia?
AÉCIO: Vamos chegar no início do horário eleitoral com curva ascendente e eles, com descendente. Mais de 60% não sabem que Anastasia tem meu apoio. Há dois anos, Lula está todo dia com Dilma no "Jornal Nacional". Nunca aparecemos para dizer que Anastasia é meu candidato. Os instrumentos do governo federal para fazer o link e popularizar seu candidato, não temos em nível local.
Qual o peso do ex-prefeito Patrus Ananias na chapa de Hélio Costa e a influência de Lula no estado?
AÉCIO: O PT se mobilizou nas duas últimas vezes com candidato próprio e perdeu para nós no primeiro turno. Não me assusta. A eleição não será disputa de pessoas, mas de projetos.
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