DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Daniel Bramatti
Daniel Bramatti
Pesquisa Ibope/Estado/TV Globo encerrada horas antes do primeiro debate entre os candidatos aponta vantagem de cinco pontos porcentuais para a petista Dilma Rousseff (39%)nas intenções de voto para a Presidência sobre o tucano José Serra (34%).
Os índices dos dois principais concorrentes são exatamente os mesmos da pesquisa Ibope feita uma semana antes. A candidata do PV, Marina Silva, é a preferida de 8% dos eleitores.
Os adversários de Dilma, somados, têm 42%das preferências - nenhum dos chamados "nanicos" chegou a 1% das menções dos entrevistados. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa ter mais votos do que a soma dos obtidos pelos adversários.
Em um eventual segundo turno entre Dilma e Serra, a ex-ministra da Casa Civil venceria por 44% a 39% se a eleição fosse realizada hoje.
A vantagem da candidata petista é de oito pontos porcentuais na pesquisa espontânea ( 25% a 17%)- aquela em que os entrevistados manifestam sua intenção de voto antes de ler a lista de candidatos. O universo de indecisos ainda alcança 44% na pesquisa espontânea.
Geografia do voto. A pesquisa confirma que Serra perdeu a vantagem que tinha em junho no eleitorado feminino. Agora, os dois principais candidatos estão empatados entre as mulheres (35% para Dilma e 34% para Serra). No segmento masculino, a candidata do PT está 10 pontos à frente (43% a 33%).
Na divisão do eleitorado por regiões, os candidatos tiveram apenas variações na margem de erro desde a pesquisa anterior. Dilma tem 46% no Nordeste, contra 27% de Serra, No Norte, ela vence por 40% a 33%.
O candidato do PSDB e ex-governador de São Paulo vai melhor no Sul, onde lidera por 42% a 34%. No Sudeste, há um empate - ambos têm 35% das intenções de voto.
Os cruzamentos do Ibope por faixa de renda mostram que Dilma alcança seu melhor índice no eleitorado mais pobre - 44% de preferências entre os que têm renda familiar mensal de até um salário mínimo. Já Serra alcança o resultado mais alto entre os que ganham acima de cinco salários mínimos (40%).
Programas sociais. No quesito rejeição, o ex-governador de São Paulo aparece com 25%. Outros 18% dizem que não votariam na candidata do PT de jeito nenhum. Marina tem índice de rejeição menor: 12%, próximo ao dos "nanicos" Plíni0 de Arruda Sampaio (PSOL), Zé Maria (PSTU), Rui Costa Pimenta (PCO), Ivan Pinheiro (PCB) e José Maria Eymael (PSDC).
A rejeição a Dilma é menor no Nordeste, onde 13% descartam a possibilidade de votar nela. Serra é menos rejeitado no Sul, onde 16% afirmam que não votariam nele de jeito nenhum.
No eleitorado beneficiado pelo principal programa social do governo, o Bolsa-Família, a ex-ministra da Casa Civil tem vantagem superior à de sua média nacional. Ela aparece com 44% nesse segmento.
Serra, por sua vez, conquista 31% das preferências na parcela que recebe o benefício governamental.
Os atendidos direta ou indiretamente pelo Bolsa-Família são 27% dos entrevistados pelo Ibope. A pesquisa revela que cerca de um terço da população é beneficiado por algum programa do governo, entre eles o Luz Para Todos, o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Minha Casa, Minha Vida.
Se podem influenciar o voto para presidente, não há evidência de que os programas sociais elevem a simpatia pelo partido governante. Entre os eleitores que recebem o Bolsa-Família, a parcela de simpatizantes é a mesma que no restante da população.
Preferência partidária. A pesquisa revela que o PT é o partido preferido de pouco mais de um quarto dos brasileiros. Em segundo lugar no ranking de simpatizantes aparecem, empatados, PSDB e PMDB, com 6%.
O PSB, que governa Estados importantes como Ceará e Pernambuco, é a legenda preferida de apenas 1% dos brasileiros - mesmo índice alcançado por PC do B, DEM e PDT.
Os eleitores sem preferência partidária são maioria absoluta: 53% do total.
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