DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Para seus aliados, tucano venceu debate; entre petistas, candidata se recuperou no final
No dia seguinte ao primeiro debate dos presidenciáveis, petistas comemoravam o fato de Dilma Rousseff não ter se saído tão mal, enquanto os tucanos destacavam que a adversária de José Serra caiu nas armadilhas jogadas pelo candidato.
Em São Paulo, Dilma rebateu a fala do adversário, segundo quem não se pode fazer campanha "olhando pelo retrovisor". "Acho extremamente confortável e estranho, porque a pessoa alega experiência. Foi ministro por duas vezes, inclusive poderoso ministro da área econômica."
A petista deixou claro que não abrirá mão de citar o nome do presidente Lula na campanha. Durante o debate, usou o termo "nosso governo" e praticamente não falou no nome de Lula. "Falei "nosso governo", posto que não sou presidente, mas não vi mudança nenhuma. Não pensem que vou abrir mão disso."
A candidata do PV, Marina Silva, lamentou, em São Paulo, que o debate tenha sido polarizado entre Serra e Dilma. "Na prática, o que ficou claro ali foi o confronto", avaliou. Ela lamentou ironias do candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, que a chamou de "ecocapitalista" e de "Pollyana". "Isso não me atinge. Não me preocupo com rótulos e sim com o mérito das questões."
Tanto os tucanos quanto os petistas fizeram medições com grupos de eleitores para diagnosticar o desempenho dos candidatos. No cinco grupos feitos pelo PSDB, Serra saiu-se melhor. O PT disse que em suas qualitativas captou resultado neutro. Serra se sobressaiu em alguns pontos, mas Dilma recuperou nos dois últimos blocos.
O candidato tucano havia treinado perguntas, seguiu a orientação dos marqueteiros no começo do debate, mas depois alçou voo próprio. Resolveu, por exemplo, falar das Apaes depois de visita a entidade em Minas.
"Serra se saiu muito bem no debate. Pôde expor seus planos e seu programa. Mostrou preparo", disse o candidato ao governo paulista Geraldo Alckmin. Para o ex-governador mineiro Aécio Neves "Serra demonstrou de forma muito clara que está mais preparado". "Dilma fez a tentativa de trazer o debate para o passado, que naturalmente não interessa a ninguém."
No principal aliado do PSDB, o DEM, a avaliação é de que não houve "nocaute" por parte de Serra. O presidente do DEM, Rodrigo Maia, disse que "o resultado do debate é nulo". Maia não compareceu ao encontro, o que alimentou os rumores da má fase na relação entre ele e Serra.
"Fui convidado, mas não podia ir", disse, alegando reunião de trabalho. Para o deputado, "o desempenho da Dilma não foi desastroso e Serra foi melhor que ela". Segundo o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), "a candidata do PT não consegue ter sequência, muda de assunto sem que haja concordância entre pergunta e respostas".
O prefeito paulistano, Gilberto Kassab, elogiou o tucano. "Serra pôde demonstrar mais uma vez que é diferenciado em relação aos demais candidatos."
Já os petistas comemoraram o desempenho. "Dilma estreou com vitória. Ela demonstrou sinceridade e conhecimento", disse o presidente do PT e coordenador da campanha, José Eduardo Dutra. Na visão dele, Serra fugiu de temas importantes. "Quem passou meses dizendo que ia ganhar de goleada voltou pra casa derrotado, porque fugiu das questões centrais do debate".
O PT não admite abertamente, mas a estratégia de Dilma de evitar citar o nome de Lula foi discutida. O líder do governo na Câmara, Candido Vaccarezza (PT), afirmou, ao fim do debate: "O Lula era a Dilma aqui no debate. A Dilma era o Lula e o governo. O Serra era a oposição." Segundo ele, caso a petista citasse Lula muito Serra certamente aproveitaria para criticá-la por não caminhar sozinha.
Um dirigente disse: "Ela não é uma oradora brilhante, não empolga, mas mostrou que é um quadro político consistente."
Para seus aliados, tucano venceu debate; entre petistas, candidata se recuperou no final
No dia seguinte ao primeiro debate dos presidenciáveis, petistas comemoravam o fato de Dilma Rousseff não ter se saído tão mal, enquanto os tucanos destacavam que a adversária de José Serra caiu nas armadilhas jogadas pelo candidato.
Em São Paulo, Dilma rebateu a fala do adversário, segundo quem não se pode fazer campanha "olhando pelo retrovisor". "Acho extremamente confortável e estranho, porque a pessoa alega experiência. Foi ministro por duas vezes, inclusive poderoso ministro da área econômica."
A petista deixou claro que não abrirá mão de citar o nome do presidente Lula na campanha. Durante o debate, usou o termo "nosso governo" e praticamente não falou no nome de Lula. "Falei "nosso governo", posto que não sou presidente, mas não vi mudança nenhuma. Não pensem que vou abrir mão disso."
A candidata do PV, Marina Silva, lamentou, em São Paulo, que o debate tenha sido polarizado entre Serra e Dilma. "Na prática, o que ficou claro ali foi o confronto", avaliou. Ela lamentou ironias do candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, que a chamou de "ecocapitalista" e de "Pollyana". "Isso não me atinge. Não me preocupo com rótulos e sim com o mérito das questões."
Tanto os tucanos quanto os petistas fizeram medições com grupos de eleitores para diagnosticar o desempenho dos candidatos. No cinco grupos feitos pelo PSDB, Serra saiu-se melhor. O PT disse que em suas qualitativas captou resultado neutro. Serra se sobressaiu em alguns pontos, mas Dilma recuperou nos dois últimos blocos.
O candidato tucano havia treinado perguntas, seguiu a orientação dos marqueteiros no começo do debate, mas depois alçou voo próprio. Resolveu, por exemplo, falar das Apaes depois de visita a entidade em Minas.
"Serra se saiu muito bem no debate. Pôde expor seus planos e seu programa. Mostrou preparo", disse o candidato ao governo paulista Geraldo Alckmin. Para o ex-governador mineiro Aécio Neves "Serra demonstrou de forma muito clara que está mais preparado". "Dilma fez a tentativa de trazer o debate para o passado, que naturalmente não interessa a ninguém."
No principal aliado do PSDB, o DEM, a avaliação é de que não houve "nocaute" por parte de Serra. O presidente do DEM, Rodrigo Maia, disse que "o resultado do debate é nulo". Maia não compareceu ao encontro, o que alimentou os rumores da má fase na relação entre ele e Serra.
"Fui convidado, mas não podia ir", disse, alegando reunião de trabalho. Para o deputado, "o desempenho da Dilma não foi desastroso e Serra foi melhor que ela". Segundo o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), "a candidata do PT não consegue ter sequência, muda de assunto sem que haja concordância entre pergunta e respostas".
O prefeito paulistano, Gilberto Kassab, elogiou o tucano. "Serra pôde demonstrar mais uma vez que é diferenciado em relação aos demais candidatos."
Já os petistas comemoraram o desempenho. "Dilma estreou com vitória. Ela demonstrou sinceridade e conhecimento", disse o presidente do PT e coordenador da campanha, José Eduardo Dutra. Na visão dele, Serra fugiu de temas importantes. "Quem passou meses dizendo que ia ganhar de goleada voltou pra casa derrotado, porque fugiu das questões centrais do debate".
O PT não admite abertamente, mas a estratégia de Dilma de evitar citar o nome de Lula foi discutida. O líder do governo na Câmara, Candido Vaccarezza (PT), afirmou, ao fim do debate: "O Lula era a Dilma aqui no debate. A Dilma era o Lula e o governo. O Serra era a oposição." Segundo ele, caso a petista citasse Lula muito Serra certamente aproveitaria para criticá-la por não caminhar sozinha.
Um dirigente disse: "Ela não é uma oradora brilhante, não empolga, mas mostrou que é um quadro político consistente."
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