DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Rui Nogueira
A entrevista convocada e concedida às pressas na manhã de ontem, em Brasília, foi um "dedaço" do Planalto e do comitê de campanha da candidata Dilma Rousseff (PT) na Receita Federal. Pelo menos dois ministros com assento no Planalto conversaram com o chefe da Receita, Otacílio Cartaxo, e o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, na noite de quinta-feira.
O comitê de campanha de Dilma e o Planalto entraram em alerta no início da tarde de quarta-feira, quando o portal estadão.com.br revelou com exclusividade que funcionários da delegacia da Receita, em Mauá (SP), violaram os dados fiscais sigilosos do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de mais três pessoas ligadas ao comando do partido. No dia seguinte, no mesmo horário, o portal revelou também que até a apresentadora Ana Maria Braga, da TV Globo, havia tido os seus dados fiscais violados e vasculhados.
Diante da nota da Receita, na noite de quinta, que, na prática, prometia apenas continuar uma rigorosa apuração, o presidente Lula e a candidata Dilma viram que era preciso subir um degrau no teatro das satisfações públicas. Foram empurrados para essa necessidade diante da informação de que as 450 páginas e três volumes da tal investigação rigorosa eram pouco mais que nada. Um inquérito de faz de conta, eivado de corporativismo da pior espécie.
O problema é que a entrevista da Receita revelou-se uma peça desfocada. O secretário e o corregedor, que foram dormir, na quinta, sem ter nada a dizer - como provava o processo entregue a Eduardo Jorge -, acordaram na sexta cheios de certezas e indícios sobre o mafuá que seria a delegacia da Receita em Mauá, um templo de venda e compra de dados tributários dos contribuintes.
Além das explicações por dar, a Receita deve agora mais uma: como é que em algumas horas ela encontrou o que não foi achado em dois meses de "rigorosa investigação".
Rui Nogueira
A entrevista convocada e concedida às pressas na manhã de ontem, em Brasília, foi um "dedaço" do Planalto e do comitê de campanha da candidata Dilma Rousseff (PT) na Receita Federal. Pelo menos dois ministros com assento no Planalto conversaram com o chefe da Receita, Otacílio Cartaxo, e o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, na noite de quinta-feira.
O comitê de campanha de Dilma e o Planalto entraram em alerta no início da tarde de quarta-feira, quando o portal estadão.com.br revelou com exclusividade que funcionários da delegacia da Receita, em Mauá (SP), violaram os dados fiscais sigilosos do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de mais três pessoas ligadas ao comando do partido. No dia seguinte, no mesmo horário, o portal revelou também que até a apresentadora Ana Maria Braga, da TV Globo, havia tido os seus dados fiscais violados e vasculhados.
Diante da nota da Receita, na noite de quinta, que, na prática, prometia apenas continuar uma rigorosa apuração, o presidente Lula e a candidata Dilma viram que era preciso subir um degrau no teatro das satisfações públicas. Foram empurrados para essa necessidade diante da informação de que as 450 páginas e três volumes da tal investigação rigorosa eram pouco mais que nada. Um inquérito de faz de conta, eivado de corporativismo da pior espécie.
O problema é que a entrevista da Receita revelou-se uma peça desfocada. O secretário e o corregedor, que foram dormir, na quinta, sem ter nada a dizer - como provava o processo entregue a Eduardo Jorge -, acordaram na sexta cheios de certezas e indícios sobre o mafuá que seria a delegacia da Receita em Mauá, um templo de venda e compra de dados tributários dos contribuintes.
Além das explicações por dar, a Receita deve agora mais uma: como é que em algumas horas ela encontrou o que não foi achado em dois meses de "rigorosa investigação".
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