DEU EM O GLOBO
Em São Paulo, três réus do escândalo querem voltar ao Congresso; mais três envolvidos tentam em outros três estados
Leila Suwwan
SÃO PAULO. Cinco anos após o escândalo do mensalão, pelo menos seis envolvidos estão na disputa eleitoral. Por São Paulo, por exemplo, três réus do processo no Supremo Tribunal Federal buscam a reeleição como deputados federais. Com campanhas sustentadas por doações partidárias, João Paulo Cunha (PT), José Genoino (PT) e Valdemar Costa Neto (PR) fogem da imprensa e das lembranças das denúncias do propinoduto, mas já esboçam uma retomada política na Câmara, na esteira da onda dilmista. Outros três mensaleiros estão na mesma esteira: o petista Paulo Rocha disputa vaga pelo Senado, no Pará. Assim como Rocha, os denunciados Pedro Henry (PP-MT) e Romeu Queiroz (PSB-MG) tentam mandatos em seus estados.
Em São Paulo, João Paulo, José Genoino e Valdemar são parlamentares discretos, quase ocultos. E têm estratégias de campanha diversas. João Paulo conta, por exemplo, com apoio declarado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em palanque, com direito a um carismático pedido de voto para o companheiro João Paulo.
Na última semana, ele foi prestigiado pelos candidatos ao Senado Marta Suplicy (PT) e Netinho (PCdoB), que lideram nas pesquisas. Genoino, mais discreto, não teve a mesma deferência e conta com um simples vídeo gravado pelo ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) para assegurar que ele é parceiro de Dilma e Lula.
Valdemar, que acaba de ser absolvido da acusação de compra de votos em 2006, conta com a ajuda de um puxador de votos inusitado, o palhaço Tiririca. Ainda assim, alardeia seu elo com Lula e Dilma, com fotos em seu blog. Lá, escreve: Não é de hoje que conheço a Dilma e lembra que foi um dos principais responsáveis pela aliança que levou Lula a vencer as eleições de 2002 sem menção ao acerto milionário que uniu PT e PL e descambou no mensalão.
Os três têm em comum a ajuda de seus partidos. Cunha já arrecadou e gastou quase R$ 1 milhão (metade chegou por doação do PT). Genoino arrecadou R$ 650 mil (metade veio do partido). Valdemar, que conta com quase R$ 800 mil, recebeu quase tudo do partido.
Em São Paulo, três réus do escândalo querem voltar ao Congresso; mais três envolvidos tentam em outros três estados
Leila Suwwan
SÃO PAULO. Cinco anos após o escândalo do mensalão, pelo menos seis envolvidos estão na disputa eleitoral. Por São Paulo, por exemplo, três réus do processo no Supremo Tribunal Federal buscam a reeleição como deputados federais. Com campanhas sustentadas por doações partidárias, João Paulo Cunha (PT), José Genoino (PT) e Valdemar Costa Neto (PR) fogem da imprensa e das lembranças das denúncias do propinoduto, mas já esboçam uma retomada política na Câmara, na esteira da onda dilmista. Outros três mensaleiros estão na mesma esteira: o petista Paulo Rocha disputa vaga pelo Senado, no Pará. Assim como Rocha, os denunciados Pedro Henry (PP-MT) e Romeu Queiroz (PSB-MG) tentam mandatos em seus estados.
Em São Paulo, João Paulo, José Genoino e Valdemar são parlamentares discretos, quase ocultos. E têm estratégias de campanha diversas. João Paulo conta, por exemplo, com apoio declarado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em palanque, com direito a um carismático pedido de voto para o companheiro João Paulo.
Na última semana, ele foi prestigiado pelos candidatos ao Senado Marta Suplicy (PT) e Netinho (PCdoB), que lideram nas pesquisas. Genoino, mais discreto, não teve a mesma deferência e conta com um simples vídeo gravado pelo ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) para assegurar que ele é parceiro de Dilma e Lula.
Valdemar, que acaba de ser absolvido da acusação de compra de votos em 2006, conta com a ajuda de um puxador de votos inusitado, o palhaço Tiririca. Ainda assim, alardeia seu elo com Lula e Dilma, com fotos em seu blog. Lá, escreve: Não é de hoje que conheço a Dilma e lembra que foi um dos principais responsáveis pela aliança que levou Lula a vencer as eleições de 2002 sem menção ao acerto milionário que uniu PT e PL e descambou no mensalão.
Os três têm em comum a ajuda de seus partidos. Cunha já arrecadou e gastou quase R$ 1 milhão (metade chegou por doação do PT). Genoino arrecadou R$ 650 mil (metade veio do partido). Valdemar, que conta com quase R$ 800 mil, recebeu quase tudo do partido.
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