DEU EM O GLOBO
Dilma diz que desconhecia lobby e defende Erenice; Lula ataca imprensa"O povo mais pobre não precisa mais de formador de opinião", disse presidente
Sérgio Roxo
Enviado especial
CAMPINAS. A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse ontem que desconhecia acusações de lobby na Casa Civil e que Erenice Guerra, seu braço-direito no ministério, sempre demonstrou idoneidade no tempo em que trabalharam juntas. Para a presidenciável, as acusações contra Erenice precisam ser provadas.
Indagada se mantinha a mesma confiança que a fez indicar Erenice para a Casa Civil, disse: A ex-ministra trabalhou comigo e demonstrou muita capacidade, muita competência e idoneidade. Qualquer ato que a desabone tem que ser provado, e não vice-versa.
Aguardo com cautela.
Dilma afirmou que enquanto comandou a Casa Civil não tomou conhecimento dos e-mails enviados pelo consultor Rubnei Quícoli ao ministério ameaçando revelar o esquema de lobby na pasta e desqualificou o denunciante por causa de seu histórico de passagens policiais.
Não cheguei a tomar conhecimento (do envio de emails).
Acho estarrecedor que se dê credibilidade a uma pessoa com aquele currículo disse Dilma, que ontem tomou café da manhã com o ator porto-riquenho Benicio del Toro, que viveu Che Guevara no cinema.
A petista defendeu que não se faça pré-julgamento e contou que Erenice lhe comunicara a demissão: Falei que ficava a cargo dela, era avaliação dela.
Sobre a indicação de amigos do filho de Erenice, Israel Guerra, para trabalhar na Casa Civil durante sua gestão na pasta, Dilma reagiu com cautela: Não tinha nenhum filho da Erenice na Casa Civil, o que havia eram amigos. Se algum desses amigos cometeu delitos, lamento a indicação deles.
Lula: Somos a opinião pública
À tarde, Dilma participou de um comício em Campinas ao lado do presidente Lula. Ao discursar, ela não fez referência ao escândalo. Já Lula criticou a imprensa e o PSDB. Sem citar o nome da publicação, ele disse que a revista Veja destila ódio e mentira contra o seu governo: Estive vendo algumas revistas que vão sair neste fim de semana, sobretudo uma, que não sei o nome dela, parece Olha. Nordestino falaria Oia.
Ela destila ódio e mentira.
E seguiu: Tem dia que determinados setores da imprensa brasileira chegam a ser uma vergonha. Se o dono do jornal ler o seu jornal ou o dono da revista ler a sua revista, eles ficariam com vergonha do que estão escrevendo exatamente neste momento.
Lula disse crer que veículos de imprensa o criticam por causa de sua atuação na crise mundial, da quantidade de vagas em universidades criadas em sua gestão e devido ao fato de que ele, que se diz socialista, fará na próxima sexta-feira a maior capitalização de uma empresa capitalista na História, em referência à Petrobras. Para Lula, o povo mais pobre não precisa mais de formador de opinião.
Nós somos a opinião pública acrescentou.
Para ele, a vitória de Dilma significará a derrota da imprensa: Não vamos derrotar apenas nossos adversários tucanos.
Vamos derrotar alguns jornais e revistas, que se comportam como se fossem um partido político e não têm coragem de dizer que são um partido político, que têm candidato e não têm coragem de dizer que têm candidato, que não são democratas e pensam que são democratas.
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, também criticou a oposição, que acusa Lula de governar o país de cima de palanques: A oposição tem saudade do tempo em que se governava em cima dos tanques.
Lula disse que os tucanos têm bico grande.
Eles têm uma cor bonita porque ninguém tem um bico tão grande para nada. Não há colher que encha aquele bico de comida. Então, tem que ser um pessoal falador, prometedor, pessoal que está prometendo até aumentar o salário mínimo afirmou Lula, em referência à promessa do candidato do PSDB, José Serra, de elevar o salário mínimo para R$ 600.
Dilma diz que desconhecia lobby e defende Erenice; Lula ataca imprensa"O povo mais pobre não precisa mais de formador de opinião", disse presidente
Sérgio Roxo
Enviado especial
CAMPINAS. A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse ontem que desconhecia acusações de lobby na Casa Civil e que Erenice Guerra, seu braço-direito no ministério, sempre demonstrou idoneidade no tempo em que trabalharam juntas. Para a presidenciável, as acusações contra Erenice precisam ser provadas.
Indagada se mantinha a mesma confiança que a fez indicar Erenice para a Casa Civil, disse: A ex-ministra trabalhou comigo e demonstrou muita capacidade, muita competência e idoneidade. Qualquer ato que a desabone tem que ser provado, e não vice-versa.
Aguardo com cautela.
Dilma afirmou que enquanto comandou a Casa Civil não tomou conhecimento dos e-mails enviados pelo consultor Rubnei Quícoli ao ministério ameaçando revelar o esquema de lobby na pasta e desqualificou o denunciante por causa de seu histórico de passagens policiais.
Não cheguei a tomar conhecimento (do envio de emails).
Acho estarrecedor que se dê credibilidade a uma pessoa com aquele currículo disse Dilma, que ontem tomou café da manhã com o ator porto-riquenho Benicio del Toro, que viveu Che Guevara no cinema.
A petista defendeu que não se faça pré-julgamento e contou que Erenice lhe comunicara a demissão: Falei que ficava a cargo dela, era avaliação dela.
Sobre a indicação de amigos do filho de Erenice, Israel Guerra, para trabalhar na Casa Civil durante sua gestão na pasta, Dilma reagiu com cautela: Não tinha nenhum filho da Erenice na Casa Civil, o que havia eram amigos. Se algum desses amigos cometeu delitos, lamento a indicação deles.
Lula: Somos a opinião pública
À tarde, Dilma participou de um comício em Campinas ao lado do presidente Lula. Ao discursar, ela não fez referência ao escândalo. Já Lula criticou a imprensa e o PSDB. Sem citar o nome da publicação, ele disse que a revista Veja destila ódio e mentira contra o seu governo: Estive vendo algumas revistas que vão sair neste fim de semana, sobretudo uma, que não sei o nome dela, parece Olha. Nordestino falaria Oia.
Ela destila ódio e mentira.
E seguiu: Tem dia que determinados setores da imprensa brasileira chegam a ser uma vergonha. Se o dono do jornal ler o seu jornal ou o dono da revista ler a sua revista, eles ficariam com vergonha do que estão escrevendo exatamente neste momento.
Lula disse crer que veículos de imprensa o criticam por causa de sua atuação na crise mundial, da quantidade de vagas em universidades criadas em sua gestão e devido ao fato de que ele, que se diz socialista, fará na próxima sexta-feira a maior capitalização de uma empresa capitalista na História, em referência à Petrobras. Para Lula, o povo mais pobre não precisa mais de formador de opinião.
Nós somos a opinião pública acrescentou.
Para ele, a vitória de Dilma significará a derrota da imprensa: Não vamos derrotar apenas nossos adversários tucanos.
Vamos derrotar alguns jornais e revistas, que se comportam como se fossem um partido político e não têm coragem de dizer que são um partido político, que têm candidato e não têm coragem de dizer que têm candidato, que não são democratas e pensam que são democratas.
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, também criticou a oposição, que acusa Lula de governar o país de cima de palanques: A oposição tem saudade do tempo em que se governava em cima dos tanques.
Lula disse que os tucanos têm bico grande.
Eles têm uma cor bonita porque ninguém tem um bico tão grande para nada. Não há colher que encha aquele bico de comida. Então, tem que ser um pessoal falador, prometedor, pessoal que está prometendo até aumentar o salário mínimo afirmou Lula, em referência à promessa do candidato do PSDB, José Serra, de elevar o salário mínimo para R$ 600.
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