DEU EM O GLOBO
Candidato tucano afirma que caso envolve "equipe de Dilma"; verde diz que disputa precisa ir para segundo turno
Flávio Freire*, Adriana Vasconcelos, Cristiane Jungblut e Marcelle Ribeiro*
ITAPETININGA (SP), BRASÍLIA e ARAÇOIABA DA SERRA (SP). Os candidatos do PSDB, José Serra, e do PV, Marina Silva, à Presidência cobraram ontem rigor nas investigações sobre as denúncias de tráfico de influência envolvendo Israel Guerra, filho da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra. Serra afirmou que o escândalo é gravíssimo e envolve a “equipe de Dilma”. Marina, que classificou o caso de grave, disse que é preciso que as eleições se resolvam no segundo turno para que haja tempo para investigar as denúncias.
Procurando colar o escândalo à campanha de Dilma Rousseff (PT), Serra disse acreditar no surgimento de novos focos de corrupção no governo, desde que o Ministério Público passe a investigar as denúncias. Ele desdenhou do trabalho da Comissão de Ética, designada para apurar o caso, alegando que é preciso “investigação aberta”.
Para Serra, uma teia foi instalada em estatais como os Correios para “encher o bolso” de gente ligada ao governo e ao PT: — Isso é gravíssimo. A Casa Civil virou um foco de escândalos neste governo. Começou com Waldomiro Diniz, passou por José Dirceu e agora atinge toda a equipe de Dilma — disse.
— Tem que acabar com o lobby.
Tem que parar de usar a máquina do Estado com a finalidade de um partido ou um grupo político ganhar dinheiro.
Em Itapetininga, interior paulista, onde fez uma carreata, o tucano enfrentou um grupo de cabos eleitorais de Dilma, que misturouse a militantes do PSDB e começou um pequeno tumulto.
Líder do DEM pede que Ministério Público investigue Mais cedo, em Brasília, Serra aproveitou a sabatina da OAB para condenar as quebras de sigilos na Receita “com objetivo eleitoral”. Serra garantiu que, se eleito, não admitirá a impunidade nem o lobby instalado hoje em diferentes ministérios, a começar pela Casa Civil. O tucano reclamou da demora da Receita para apurar a violação dos sigilos fiscal de sua filha e genro.
Marina, por sua vez, defendeu que as eleições se resolvam no segundo turno, para que as denúncias envolvendo o filho de Erenice sejam investigadas. Ela classificou o caso de grave.
— É um caso para ser investigado com todo o rigor, com urgência, porque está com uma pessoa mais próxima do presidente da República.
Para Marina, a sociedade civil tem que se articular e cobrar explicações: — Só o segundo turno vai nos dar tempo para aprofundar as questões (de programa) e a investigação.
Caso contrário, não haverá tempo de investigar e saber o que de fato está acontecendo em relação a essa denúncia grave da Casa Civil.
A candidata esteve em Araçoiaba da Serra, interior de São Paulo, visitando a ONG Lua Nova, que atende jovens mulheres em situação de risco e que ficaram grávidas precocemente.
A oposição reforçou a mobilização para cobrar explicações do governo sobre as denúncias.
Em nome do PSDB, o senador tucano Álvaro Dias (PR) apresentou ontem à Comissão de Constituição e Justiça do Senado pedido de convocação de Erenice.
E o líder do DEM na Câmara, deputado Paulo Bornhausen (SC), assinou representação pedindo ao Ministério Público Federal que investigue o caso.
(*) Enviados especiais
Candidato tucano afirma que caso envolve "equipe de Dilma"; verde diz que disputa precisa ir para segundo turno
Flávio Freire*, Adriana Vasconcelos, Cristiane Jungblut e Marcelle Ribeiro*
ITAPETININGA (SP), BRASÍLIA e ARAÇOIABA DA SERRA (SP). Os candidatos do PSDB, José Serra, e do PV, Marina Silva, à Presidência cobraram ontem rigor nas investigações sobre as denúncias de tráfico de influência envolvendo Israel Guerra, filho da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra. Serra afirmou que o escândalo é gravíssimo e envolve a “equipe de Dilma”. Marina, que classificou o caso de grave, disse que é preciso que as eleições se resolvam no segundo turno para que haja tempo para investigar as denúncias.
Procurando colar o escândalo à campanha de Dilma Rousseff (PT), Serra disse acreditar no surgimento de novos focos de corrupção no governo, desde que o Ministério Público passe a investigar as denúncias. Ele desdenhou do trabalho da Comissão de Ética, designada para apurar o caso, alegando que é preciso “investigação aberta”.
Para Serra, uma teia foi instalada em estatais como os Correios para “encher o bolso” de gente ligada ao governo e ao PT: — Isso é gravíssimo. A Casa Civil virou um foco de escândalos neste governo. Começou com Waldomiro Diniz, passou por José Dirceu e agora atinge toda a equipe de Dilma — disse.
— Tem que acabar com o lobby.
Tem que parar de usar a máquina do Estado com a finalidade de um partido ou um grupo político ganhar dinheiro.
Em Itapetininga, interior paulista, onde fez uma carreata, o tucano enfrentou um grupo de cabos eleitorais de Dilma, que misturouse a militantes do PSDB e começou um pequeno tumulto.
Líder do DEM pede que Ministério Público investigue Mais cedo, em Brasília, Serra aproveitou a sabatina da OAB para condenar as quebras de sigilos na Receita “com objetivo eleitoral”. Serra garantiu que, se eleito, não admitirá a impunidade nem o lobby instalado hoje em diferentes ministérios, a começar pela Casa Civil. O tucano reclamou da demora da Receita para apurar a violação dos sigilos fiscal de sua filha e genro.
Marina, por sua vez, defendeu que as eleições se resolvam no segundo turno, para que as denúncias envolvendo o filho de Erenice sejam investigadas. Ela classificou o caso de grave.
— É um caso para ser investigado com todo o rigor, com urgência, porque está com uma pessoa mais próxima do presidente da República.
Para Marina, a sociedade civil tem que se articular e cobrar explicações: — Só o segundo turno vai nos dar tempo para aprofundar as questões (de programa) e a investigação.
Caso contrário, não haverá tempo de investigar e saber o que de fato está acontecendo em relação a essa denúncia grave da Casa Civil.
A candidata esteve em Araçoiaba da Serra, interior de São Paulo, visitando a ONG Lua Nova, que atende jovens mulheres em situação de risco e que ficaram grávidas precocemente.
A oposição reforçou a mobilização para cobrar explicações do governo sobre as denúncias.
Em nome do PSDB, o senador tucano Álvaro Dias (PR) apresentou ontem à Comissão de Constituição e Justiça do Senado pedido de convocação de Erenice.
E o líder do DEM na Câmara, deputado Paulo Bornhausen (SC), assinou representação pedindo ao Ministério Público Federal que investigue o caso.
(*) Enviados especiais
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