DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Julia Duailibi
Na última semana da campanha presidencial, o candidato do PSDB, José Serra, tenta reproduzir o clima de "paz e amor" similar ao que havia nos primeiros meses do ano, quando liderava as pesquisas de intenção de voto. Passou a dosar as críticas à adversária Dilma Rousseff (PT) e a delegar ao partido os ataques mais ácidos aos petistas, apostando nisso como receita para a passagem ao segundo turno da disputa.
Os tucanos comemoravam ontem o tom de Serra no debate promovido pela Rede Record anteontem. Para o comando da campanha, a atuação de Serra foi emblemática dessa mudança que pretendem imprimir até domingo. Diferentemente do embate anterior, na RedeTV, o candidato não foi agressivo nem mostrou arrogância, avaliam. Teria conseguido expor os principais eixos da sua campanha, se mostrado propositivo, sem agredir a adversária. Pelo contrário. Chegou a assistir discussões entre Dilma e Marina Silva (PV).
Serra acatou a orientação do comando da campanha e não chegou a fazer questionamentos diretos à petista - o que, além de colocá-lo na posição de atacante, daria à rival a chance da última palavra na tréplica. O resultado, em mãos da equipe tucana, foi um desempenho vitorioso de Serra entre os grupos de eleitores monitorados pela campanha durante o debate de anteontem - Marina chegou a vencer apenas o segundo bloco.
"Serra está convencido de que, se bater, ele não cresce", afirmou o presidente do PSDB e coordenador da campanha, Sérgio Guerra. Na semana passada, o partido colocou no ar vídeos que atacavam Dilma. Na tentativa de blindar a campanha, Serra chegou a dizer que as produções não tinham relação com a candidatura.
Os tucanos começaram a articular mudanças, preparando-se para o caso de um segundo turno. Na madrugada de ontem, Serra chegou a se encontrar com Guerra no Rio e conversaram sobre as articulações necessárias nos Estados e na estratégia para a nova fase da campanha. Guerra telefonou para as lideranças regionais do PSDB e pediu empenho nos Estados na reta final.
Encontro. O presidenciável participou ontem de encontro com eleitoras, organizado por sua mulher, Monica Serra, no Esporte Clube Sírio, em São Paulo. Pediu que elas multipliquem os votos e consigam convencer os indecisos na reta final. "Se cada um conquistar mais um voto, seriam votos demais. Quem puder conquistar 4 ou 5, maravilha. Sobretudo, quem for da área da saúde", disse.
Do encontro no Sírio participaram o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o governador Alberto Goldman, o candidato do PSDB ao governo paulista, Geraldo Alckmin, a vice-prefeita Alda Marco Antonio. Monica Serra disse que o marido tem tudo para ir ao segundo turno: "Graças a Deus a verdade sempre vence, apesar de muitas mentiras por aí." / Colaborou Anne Warth
Julia Duailibi
Na última semana da campanha presidencial, o candidato do PSDB, José Serra, tenta reproduzir o clima de "paz e amor" similar ao que havia nos primeiros meses do ano, quando liderava as pesquisas de intenção de voto. Passou a dosar as críticas à adversária Dilma Rousseff (PT) e a delegar ao partido os ataques mais ácidos aos petistas, apostando nisso como receita para a passagem ao segundo turno da disputa.
Os tucanos comemoravam ontem o tom de Serra no debate promovido pela Rede Record anteontem. Para o comando da campanha, a atuação de Serra foi emblemática dessa mudança que pretendem imprimir até domingo. Diferentemente do embate anterior, na RedeTV, o candidato não foi agressivo nem mostrou arrogância, avaliam. Teria conseguido expor os principais eixos da sua campanha, se mostrado propositivo, sem agredir a adversária. Pelo contrário. Chegou a assistir discussões entre Dilma e Marina Silva (PV).
Serra acatou a orientação do comando da campanha e não chegou a fazer questionamentos diretos à petista - o que, além de colocá-lo na posição de atacante, daria à rival a chance da última palavra na tréplica. O resultado, em mãos da equipe tucana, foi um desempenho vitorioso de Serra entre os grupos de eleitores monitorados pela campanha durante o debate de anteontem - Marina chegou a vencer apenas o segundo bloco.
"Serra está convencido de que, se bater, ele não cresce", afirmou o presidente do PSDB e coordenador da campanha, Sérgio Guerra. Na semana passada, o partido colocou no ar vídeos que atacavam Dilma. Na tentativa de blindar a campanha, Serra chegou a dizer que as produções não tinham relação com a candidatura.
Os tucanos começaram a articular mudanças, preparando-se para o caso de um segundo turno. Na madrugada de ontem, Serra chegou a se encontrar com Guerra no Rio e conversaram sobre as articulações necessárias nos Estados e na estratégia para a nova fase da campanha. Guerra telefonou para as lideranças regionais do PSDB e pediu empenho nos Estados na reta final.
Encontro. O presidenciável participou ontem de encontro com eleitoras, organizado por sua mulher, Monica Serra, no Esporte Clube Sírio, em São Paulo. Pediu que elas multipliquem os votos e consigam convencer os indecisos na reta final. "Se cada um conquistar mais um voto, seriam votos demais. Quem puder conquistar 4 ou 5, maravilha. Sobretudo, quem for da área da saúde", disse.
Do encontro no Sírio participaram o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o governador Alberto Goldman, o candidato do PSDB ao governo paulista, Geraldo Alckmin, a vice-prefeita Alda Marco Antonio. Monica Serra disse que o marido tem tudo para ir ao segundo turno: "Graças a Deus a verdade sempre vence, apesar de muitas mentiras por aí." / Colaborou Anne Warth
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