DEU NA FOLHA DE S. PAULO
SÃO PAULO - Aumentou muito a chance de que a eleição presidencial vá para o segundo turno. Há 15 dias, a vantagem de Dilma Rousseff sobre a soma dos demais adversários era de 12 pontos. Havia caído na semana passada para 7 pontos. Agora, conforme o Datafolha, ficou reduzida a dois pontos (46% a 44%).
Dilma tem hoje 51% dos votos válidos. Sua trajetória é descendente e a eventual vitória no domingo já está na margem de erro.
Há, a rigor, dois movimentos simultâneos e combinados igualmente relevantes nessa fase final da campanha. O mais visível deles na pesquisa realizada ontem é a erosão da candidatura petista. Dilma perdeu três pontos em relação à pesquisa anterior e cinco pontos percentuais em menos de 15 dias (recuou de 51% para 46%).
Nem todos esses votos que sumiram da mesa petista foram parar na cesta dos adversários. O número de eleitores indecisos aumentou -de 5% para 7%-, quando seria mais esperado agora que diminuísse.
Parece óbvio que o desgaste de Dilma está relacionado ao escândalo envolvendo Erenice Guerra na Casa Civil ou, ainda, ao acúmulo de notícias negativas que rondam sua campanha desde que veio à tona a violação dos sigilos na Receita. Ou seja, uma franja do eleitorado de Dilma quer agora "pensar melhor".
Outra parte, ao que parece, "marinou". A marolinha verde, em curso desde pelo menos a semana passada, é o segundo fenômeno importante dessa reta de chegada. Depois de permanecer estacionada por muito tempo, Marina Silva passou de 11% para 14% em menos de 15 dias. É ela -e não Serra, estável nos 28%- quem tira votos de Dilma.
Isso reforça a percepção de que, além do apelo ambiental, a candidatura Marina representa também uma espécie de reserva ética, capaz de atrair, mais do que o tucano, a insatisfação de setores da esquerda (não só deles) diante dos desmandos cometidos pelo PT ou pelo governo Lula. Há, na ondinha verde, alguma ressaca da maré vermelha.
SÃO PAULO - Aumentou muito a chance de que a eleição presidencial vá para o segundo turno. Há 15 dias, a vantagem de Dilma Rousseff sobre a soma dos demais adversários era de 12 pontos. Havia caído na semana passada para 7 pontos. Agora, conforme o Datafolha, ficou reduzida a dois pontos (46% a 44%).
Dilma tem hoje 51% dos votos válidos. Sua trajetória é descendente e a eventual vitória no domingo já está na margem de erro.
Há, a rigor, dois movimentos simultâneos e combinados igualmente relevantes nessa fase final da campanha. O mais visível deles na pesquisa realizada ontem é a erosão da candidatura petista. Dilma perdeu três pontos em relação à pesquisa anterior e cinco pontos percentuais em menos de 15 dias (recuou de 51% para 46%).
Nem todos esses votos que sumiram da mesa petista foram parar na cesta dos adversários. O número de eleitores indecisos aumentou -de 5% para 7%-, quando seria mais esperado agora que diminuísse.
Parece óbvio que o desgaste de Dilma está relacionado ao escândalo envolvendo Erenice Guerra na Casa Civil ou, ainda, ao acúmulo de notícias negativas que rondam sua campanha desde que veio à tona a violação dos sigilos na Receita. Ou seja, uma franja do eleitorado de Dilma quer agora "pensar melhor".
Outra parte, ao que parece, "marinou". A marolinha verde, em curso desde pelo menos a semana passada, é o segundo fenômeno importante dessa reta de chegada. Depois de permanecer estacionada por muito tempo, Marina Silva passou de 11% para 14% em menos de 15 dias. É ela -e não Serra, estável nos 28%- quem tira votos de Dilma.
Isso reforça a percepção de que, além do apelo ambiental, a candidatura Marina representa também uma espécie de reserva ética, capaz de atrair, mais do que o tucano, a insatisfação de setores da esquerda (não só deles) diante dos desmandos cometidos pelo PT ou pelo governo Lula. Há, na ondinha verde, alguma ressaca da maré vermelha.
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